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sábado, agosto 30, 2003

OS DESAFIOS DE ANGOLA 

Ainda a propósito de Angola, aqui ficam alguns extractos de artigo de Boaventura de Sousa Santos, na “Visão” de 21.08.03:

“… Identifico quatro desafios principais.
O primeiro é o da desigualdade social. Angola é um país riquíssimo e a esmagadora maioria do seu povo vive na miséria. A guerra serviu até agora para encobrir que nas desigualdades reside uma das mais persistentes continuidades entre a Angola colonial e pós-colonial.

O segundo desafio é o da construção de um Estado democrático, eficiente e íntegro. Também aqui é pesada a herança do Estado colonial mas ela está longe de explicar tudo.

O terceiro desafio é o da construção de um modelo político social e cultural genuinamente angolano, um modelo que assuma o legado cultural do país (muito dele preexistente ao colonialismo) e o faça de maneira não tradicionalista, ou seja, em nome de uma racionalidade mais ampla que a ocidental e de uma modernidade menos imperial e mais multicultural do que a imposta pelo colonialismo e pela globalização neoliberal.
Finalmente, o quarto desafio é o da reconciliação nacional, cujas tarefas são particularmente exigentes em Angola porque não respeitam só à reconciliação entre os inimigos da guerra civil, mas também ao fraccionismo que quase desde a sua fundação caracterizou o MPLA…”.

[199]


“BLOGUES AFRICANOS” 

Não sendo muito o tempo disponível para pesquisas, a verdade é que não identifiquei ainda muitos “blogues” africanos de expressão portuguesa.
O innersmile “indica que há “livejournals” em Angola (129), Cabo Verde (67), Guiné-Bissau (13) e Moçambique (37); os poucos que investiguei, para falar com franqueza, não percebi a ligação aos países de origem! e não encontrei nenhum com interesse suficiente para fazer voltar.”
Posso portanto (para já) destacar apenas o Bazonga da kilumba e o "blogue" de uma brasileira em Angola (patyangola).
Deixo ainda alguns links de interesse: sobre o kimbundo; o site da NetAngola e do Jornal de Angola.

Já anteriormente, tinha deixado referência aos “blogues” africanos premiados nos “blogues d’or”: Alors s'il vous plait, je vous en prie e hou-hou blog (um tunisino no Canadá); o primeiro (Widad Bouamama), recomenda-me os seguintes “blogues” (principalmente de origem "magrebina"): le blog de zeemzoom, franco-argelino; o blog de maitre wong, franco-marroquino; e outros: fantaises solitaires (tunisino); rêves maeviens e o je blog.

P.S. Noutra área / noutro continente (voltando ao Iraque), referência para o Where is Raed (“blogue” de Salam Pax – outra visão do Iraque – “uma sensação na Internet; o seu diário durante a Guerra do Iraque “The Bagdad Blog” tornou-se um fenómeno mediático global – será publicado em Setembro pela Guardian Books”).
[198]



FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – ESLOVÁQUIA (V) 

As terras férteis do vale do Danúbio são aproveitadas para o cultivo de cereais e tubérculos.
Florestas de coníferas, cobrindo ainda cerca de 40 % do território, alimentam a indústria madeireira.
A economia é ainda pouco competitiva no mercado internacional e carente de investimentos externos, fragilidades que contribuem para uma elevada taxa de desemprego.
O Hino Nacional eslovaco “Nad Tatrou sa blyská” (Tempestade sobre os Tatras) foi escrito no século XIX, correspondendo o seu início à antiga segunda parte do hino da Checoslováquia.
Andy Warhol, iniciador da “Pop-Art” e um dos mais famosos artistas do século XX, nascido nos EUA, é descendente de pais eslovacos.
A fechar esta breve “viagem” pela Eslováquia, alguns dados estatísticos de carácter sócio-económico: PIB “per capita”, 11 960 euros; Taxa de inflação, 7,3 %; Taxa de desemprego, 19,3 %; número de automóveis por 100 habitantes, 44; número de telemóveis por 100 habitantes, 40; número de utilizadores de Internet por 100 habitantes, 12,5.

P.S. Dado que o anterior link não se encontrava "operacional", deixo novamente remissão para esta "entrada", a propósito dos "blogues" que vão desaparecendo...
[197]

1921 – INSULINA 

“É descoberta no Canadá e, no ano seguinte, são aplicadas as primeiras injecções em diabéticos.”

“Notícias do Milénio”, publicação dos jornais do “Grupo Lusomundo”, Julho de 1999
[196]

1921 – CRIAÇÃO DA BCG 

“Os bacterologistas franceses Calmette e Guérin criam a BCG, vacina preventiva da tuberculose.”
[195]

quinta-feira, agosto 28, 2003

FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – ESLOVÁQUIA (IV) 

A República da Eslováquia, pequeno país, situado no “coração da Europa”, no cruzamento de estradas entre o Leste e o Oeste europeu – conforme a letra de uma canção de folclore, “entre as montanhas Tatra e o Rio Danúbio” –, é habitada por menos de 5 milhões e meio de pessoas (86 % de eslovacos; 11 % de húngaros; 2 % de ciganos).
É um país interior, sendo portanto todas as suas fronteiras terrestres, sendo o país rodeado por: República Checa, Áustria, Hungria, Ucrânia e Polónia.
As principais cidades são: Bratislava (450 000 habitantes), Kosice (240 000), Presov (95 000), Nitra (88 000), Zilina (87 000) e Banska Bystrica (85 000).
A maior parte do país é acidentado e montanhoso; as montanhas Tatra (cujo pico mais elevado é o Gerlachovsky), no Norte, reúnem algumas das estações de esqui mais visitadas no país, sendo intercaladas por típicos lagos e vales.
Os montes Cárpatos ocupam a maior parte do território da Eslováquia, formando uma barreira natural entre as planícies da Polónia (ao Norte) e da Hungria (ao Sul).
No sudoeste – região em que se localiza a capital, Bratislava –, as montanhas dão lugar às planícies do vale do Rio Danúbio, que liga a Eslováquia à Áustria e ao Mar Negro, sendo ainda a região atravessada pelos rios Movara e Vah.
A Eslováquia tem mais de 2000 cavernas e inúmeros castelos, para além de cerca de 40 estâncias termais.
[194]

FIM DOS "BLOGUES" 

Na sequência da tendência actual de "desaparecimento de blogues" (Guerra e Pás, Flor de obsessão, Posto de escuta, ...), vidé esta "entrada".
[193]

1920 - SOCIEDADE DAS NAÇÕES 

"Criada pelo Tratado de Versalhes para garantir a paz e a segurança no mundo, é constituída por representantes de 42 nações. A recusa dos EUA de integrarem a organização condena-a, no entanto, à ineficácia."
[192]

1920 - RADIODIFUSÃO 

"Os primeiros programas de rádio são emitidos nos EUA."
[191]
quarta-feira, agosto 27, 2003

FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – ESLOVÁQUIA (III) 

No dia 1 de Janeiro de 1993, foi então criada a República da Eslováquia, independente pela primeira vez em treze séculos. A República Checa e a Eslováquia assinaram acordos que estabelecem uma união aduaneira, bem como uma total liberdade de circulação de capitais e bens.
Em 1995, a Eslováquia e Hungria assinaram um tratado que reconhece fronteiras e dá garantias às minorias étnicas nas duas nações. Não obstante, em Novembro, 600 mil húngaros residentes na Eslováquia protestam contra uma lei que institui o eslovaco como única língua oficial, exigindo maior autonomia cultural.
Na Cimeira da Organização de Segurança e Cooperação Europeia, realizada em Lisboa em 1996, o presidente Michal Kovac apresenta um relatório sobre as deficientes estruturas democráticas do país, criticando severamente o Governo (de Vladimir Meciar) e afirmando ser a situação na Eslováquia ainda provisória, reforçando a ideia da adesão à NATO e à União Europeia.
Em 1998 e 1999, foram eleitos novos primeiro-ministro e Presidente; em 2000, foi iniciado o processo de negociações com a Comissão Europeia, tendente à adesão do país à União Europeia.
[190]

1919 – COMPENSAÇÕES DE GUERRA 

“Pela participação na I Guerra Mundial, Portugal recebe o território de Quionga (Moçambique), sob ocupação alemã desde 1894.”
[189]

1919 – IRLANDA 

“O Sinn Fein (movimento independentista republicano de matriz católica) organiza o Parlamento irlandês e proclama a República da Irlanda. Começam os combates entre forças britânicas e nacionalistas irlandeses.”
[188]

terça-feira, agosto 26, 2003

FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – ESLOVÁQUIA (II) 

Com a derrota nazi na II Guerra Mundial, em 1945, o exército soviético, incluindo contingentes checoslovacos, ocupa o País; os eslovacos concordam então em recriar a Checoslováquia com base na absoluta igualdade entre os dois povos.
Em 1948, com os comunistas no poder, a Eslováquia volta a ser submetida a um Estado centralizado sob a hegemonia checa e, a partir daí, torna-se um estado-satélite de Moscovo.
Em 1955, a Checoslováquia torna-se membro do Pacto de Varsóvia. O regime comunista silencia as reivindicações de autonomia, que só voltam a despertar em 1967 com as reformas liberalizantes do secretário-geral do Partido Comunista, Alexandre Dubcek, um eslovaco. Contudo, em 1968, a ocupação soviética põe termo à denominada “Primavera de Praga”.
Em 1989, checos e eslovacos participam na chamada “Revolução de Veludo”, assim designada dada a forma “suave” como decorreram o derrube do regime e o restabelecimento da democracia.
No ano de 1990, os principais líderes da Eslováquia começam a reivindicar maior autonomia. A Assembleia Federal altera o nome do país para República Federal Checa e Eslovaca e Vaclav Havel é eleito para um segundo mandado de dois anos.
Com a vitória nas eleições, em 1992, de Vladimir Meciar, um partidário da separação, tal é interpretado como um voto pelo fim da Checoslováquia.
[187]


1918 – GRIPE ESPANHOLA 

“Epidemia das mais devastadoras do século, tem origem no Kansas (EUA) e propaga-se à Europa e ao mundo através dos soldados americanos mobilizados para a I Guerra Mundial. Mata mais de 21 milhões de pessoas. O seu sobrenome advém-lhe da mortandade que causa em Espanha.”
[186]

1917 – FÁTIMA 

“Três crianças afirmam ter-lhes aparecido Nossa Senhora na Cova da Iria, em Fátima. Passados cinco anos, a Igreja começa a investigar o fenómeno, acabando por instituir o novo culto mariano.”
[185]
segunda-feira, agosto 25, 2003

FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – ESLOVÁQUIA (I) 

Tal como prometido, retomo as "viagens" pelos futuros estados membros da União Europeia; depois do Chipre, inicia-se hoje a "Semana da Eslováquia".

Os eslovacos chegaram à região do seu actual território no Século VII, tendo expulsado os antigos habitantes Celtas.
No Século IX, a Eslováquia passa a integrar a “Grande Morávia”, incluindo áreas que pertencem actualmente à Polónia, Hungria e República Checa. O Império Morávio” desfez-se no século X, tendo os eslovacos sido subjugados pelos húngaros.
Em 1536, são integrados no Império Romano-Germânico, governado pelos Habsburgos, que se transformaria posteriormente (século XIX) no Império Austro-Húngaro.
A derrota do Império Austro-Húngaro na Primeira Guerra Mundial (1914/18) possibilitou a declaração de independência dos eslovacos e checos (que ocupavam a Boémia e a Morávia), que se unem em 1918 para formar a Checoslováquia. A Constituição do novo Estado não contemplava, no entanto, a proposta dos eslovacos de um Estado Federal que lhes salvaguardasse a autonomia.
Em Outubro de 1938, quando o acordo de Munique cede à Alemanha as áreas da Checoslováquia de população germânica (os Sudetas), os nacionalistas eslovacos proclamam um Governo autónomo, com sede em Bratislava.
Em Março de 1939, a Alemanha invade também as regiões checas. A Eslováquia forma então um país separado, sob a tutela alemã e com um regime pró-nazi, chefiado pelo bispo católico Josef Tiso.
[184]

CARLOS FINO NO IRAQUE 

Carlos Fino não precisará de “advogado”, nem eu seria a pessoa indicada para desempenhar tal papel.
Vejo, na “blogosfera”, algumas referências e comentários ao seu estilo, forma de abordagem e mesmo à sua suposta “falta de objectividade” (em particular, no Abrupto).
Acho que talvez valha a pena recordar o seguinte: Carlos Fino é um profissional de vasta experiência, com provas dadas, correspondente durante muitos anos na ex-URSS, depois nos EUA, também na Europa e, nos últimos tempos, sempre disponível para estas “missões de risco” (na sequência das suas reportagens durante a guerra do Iraque, foi até objecto de reconhecimento internacional, em especial no Brasil, que lhe prestou homenagem pelo seu trabalho).
E é aqui (nas “missões de risco”) que “bate o ponto”: é verdade que Carlos Fino, presente no “teatro das operações”, tem a responsabilidade de ser os “nossos olhos” e de narrar o mais fielmente possível os acontecimentos. Mas é também importante sublinhar isto mesmo: é talvez fácil, e seguramente mais cómodo, para nós, confortavelmente instalados nas nossas casas, frente à televisão, criticar a abordagem, as “tendências”, os “excessos” do repórter; mas, a quem “vive” os acontecimentos “por dentro”, no preciso instante em que eles ocorrem (“no calor do momento”), não será talvez exigir demasiado que o repórter seja absolutamente isento, “frio”, racional e “sem emoções”?
Quanto à falta de objectividade, esta será uma matéria que, porventura, será apreciada também em função da perspectiva em que se coloca o espectador; ser objectivo será talvez – no contexto em causa – algo próximo de uma abstracção; o que se pede (“exige”) é que o repórter seja “verdadeiro”.

P.S. - Já agora, uma outra "visão" do Iraque, por Mario Vargas Llosa, através de um conjunto de artigos publicados no "El Pais" e "Le Monde": "La liberté sauvage"; "Les croyants"; "Des pillards et des livres"; "Les haricots blancs"; "Othello à l'envers"; e "Chez les Kurdes".
[183]

PEDRO ROLO DUARTE E OS “BLOGUES” 

Gosto muito de ler o Pedro Rolo Duarte e o DNa, mas, não seria preferível que o Pedro (que chegou a ser meu contemporâneo – avançado dois ou três anos – no velho “Liceu Camões”) deixasse de fazer comentários / referências aos “blogues”?
É que, dadas as polémicas que se têm levantado, qualquer observação do Pedro – por mais acertada que seja – pode ser apercebida como estando “contaminada” pelo seu aparente “parti-pris” contra a “blogosfera” (as citações que fez no sábado relativamente a alguns “blogues”, retiradas do contexto, não foram muito felizes e, como o Pedro reconhece, não são representativas do “nível médio” de qualidade da “blogosfera”).
Obviamente, não acho que o Pedro deva impor-se a si próprio qualquer tipo de "censura", mas… vale a pena insistir? Parece-me que o que era necessário ser dito / escrito, já o foi; estes últimos comentários não vieram acrescentar muito...
[182]

1917 – “PRESIDENTE-REI”  

“O major Sidónio Pais lidera uma revolta que depõe o governo, confiando-o a uma Junta Revolucionária a que preside. Advoga o presidencialismo.”
[181]

1917 – REVOLUÇÃO SOVIÉTICA 

“A celebração do Domingo Sangrento de 1905 desencadeia uma série de manifestações, greves e acções insurreccionais, que culminam com a tomada do Palácio de Inverno pelos operários e soldados, levando à abdicação do czar Nicolau II e à entrada em funções de um governo provisório. Mas a democracia liberal instituída não satisfaz os bolcheviques, liderados por Lenine no exílio. Um plano de golpe de Estado concebido por Trotsky é posto em acção por um pequeno mas experimentado grupo de revolucionários, que neutraliza todos os pontos-chave para o controlo do poder. Os sovietes passam a dominar Sampetesburgo e, a partir daí, toda a Rússia, iniciando a Revolução soviética com a tomada do poder pelos representantes do povo.”
[180]
domingo, agosto 24, 2003

PORTUGAL E O IRAQUE 

Who – Ramiro Lopes da Silva;
What – Designado para a chefia da missão das Nações Unidas;
Where – No Iraque;
Why – Em substituição (ainda que interinamente) de Sérgio Vieira de Mello;
When – Ontem;
How – Por nomeação do Secretário-Geral, Kofi Annan.
Tendo por objectivo reforçar a segurança, sem que a ONU perca a sua identidade própria – visando assumir, de alguma forma, a condução do processo de pacificação no terreno.
É claro que é uma grande responsabilidade, um enorme desafio, mas simultaneamente uma honra extensiva a Portugal.
Creio que desejaremos todos que a sua missão (e, em termos gerais, a da ONU) possa vir a tornar-se mais efectiva e contribuir decisivamente para a resolução dos graves problemas que se colocam hoje no Iraque.
A propósito, Portugal poderá vir a ter um outro participante no desenho do “futuro” Iraque: José Lamego deverá integrar a equipa que irá preparar a redacção da próxima Constituição do país.
[179]

CURIOSIDADE 

Porque hoje é domingo, deixo um desafio: qual a característica peculiar da frase “The quick brown fox jumps over the lazy dog" ?

P.S. Mais um agradecimento, ao vastulec.

1916 – TEORIA DA RELATIVIDADE 

“O físico de origem alemã Albert Einstein publica a sua teoria da relatividade geral, depois de, em 1905, ter divulgado a teoria da relatividade restrita nos sistemas acelerados.”
[178]

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