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sábado, agosto 02, 2003

DANTE (?) 

São sensações estranhas estas...
Nunca vividas antes, pelo menos com esta intensidade.
Lisboa teve ontem o dia mais quente de sempre (desde que há registos, desde há 130 anos), a atingir os 42º C.
Não é, de todo, uma coisa normal. Não é, de todo, normal, atingir os 47º C (na Amareleja).
Hoje, o dia teve o aspecto mais estranho que alguma vez me lembro, com o céu de várias cores (não se tratava de um arco-íris...), mas em tons ora cinzentos, ora alaranjados.
Não é uma brincadeira.
Agora, aqui onde escrevo, no interior, por trás das serras, vêem-se nuvens de fumo e o céu continua, a esta hora, com uma cor alaranjada.
Não estamos muito longe da visão de Dante.
É triste. É grave. É preocupante. É pena.
[119]

“O DOSSIER DA VIDA” 

A propósito de “Diário de Notícias”, em (mais uma) brilhante entrevista de Anabela Mota Ribeiro, hoje publicada no “DNa”, o Ministro do Trabalho e da Segurança Social, António Bagão Félix diz nomeadamente, entre outras ideias de grande beleza, que a vida do homem deve ter por objectivo responder ao “porquê?” e ao “para quê?”, mais do que ao “como?” e, mais adiante: “A felicidade não se faz querendo ter mais, faz-se querendo ter menos. Faz-se pela renúncia, não pelo excesso. Somos muito mais felizes quando temos de escolher.”.
Não resisto a transcrever um extracto da entrevista, em que Bagão Félix fala do “dossier da sua vida”:

“A quem é que tem vontade de mostrar isto? À sua neta, que tem meses?
- Tenho muita vontade. Também para lhe ensinar geografia, política… Tenho aqui o ranking das cidades, distâncias percorridas. Já dei o equivalente, pelo ar, a 22 voltas à Terra pelo Equador, ou fiz 2,3 viagens à lua.”

O mais extraordinário é que tenha tempo para esta contabilidade.
- É aquilo que lhe disse: quanto mais se trabalha mais tempo livre se tem. Que a pessoa não está num estado entediante.

Sabe estar sem fazer nada?
- Não. É preciso um esforço brutal para não fazer nada.

Deixe-me voltar ao momento em que de repente se sente invadido pela presença de Deus. Pode acontecer quando está entretido a fazer um destes gráficos?
- Sim, absolutamente. Vou-lhe contar uma coisa. Tenho duas semaninhas de férias, vou para o Alentejo; uma das coisas que estou a antever como mais “gozoso”?: actualizar isto, que já não actualizo há um ano e meio. Tenho aqui os nomes dos 123 aeroportos onde estive; roteiro de regiões, províncias, estados, territórios, ilhas e ilhéus; onde é que andei de comboio, de embarcação, de carro, de autocarro, de helicóptero, de trenó, de camelo.

A partir daí pode reconstituir-se a sua vida toda.
- Toda. Tenho tudo escrito.

Não tem segredos?
- Não, não gosto de ter. Gosto de partilhar conhecimento. Gosto de redistribuir tudo.”


Um retrato humano de um político, que “cultiva o espírito, a inteligência, a cultura, o saber”. Que interessante seria se decidisse ter um “blogue”…
[118]

TEXTOS PRÉ-BLOGUES / “DN JOVEM” 

Há 15 anos, não existia Internet (!?).
Não havia portanto “blogues”.
Mas havia (ainda há…) o “DN Jovem” (no qual se revelou, por exemplo, Pedro Mexia).
E eu era jovem…
E assim, publiquei no Diário de Notícias, o meu primeiro artigo “a sério”: intitulava-se “Assimetrias”.
É esse texto “histórico” que hoje recupero, para uma “nova audiência”, num novo “veículo comunicacional”.

É geralmente reconhecido que a histórica dicotomia litoral-interior é uma realidade profundamente implantada na estrutura socioeconómica. Basta, para o confirmar, consultar qualquer estatística, por mais elementar que seja.
Todos sabemos, por exemplo, que houve uma deslocação da população do interior, por um lado, para o estrangeiro, através do fenómeno da emigração, e por outro, para o litoral, em particular para as áreas urbanas de Lisboa e Porto, cidades que centralizam a autoridade política e o poder económico.
Essa assimetria manifesta-se em muitos e variados campos; um deles, enquadrável no tema proposto, é o do futebol, enquanto desporto de multidões, acarretando grandes movimentações a nível financeiro.
Desta forma, temos, na época de 1988-89, na disputa do Campeonato Nacional da I Divisão de futebol, 16 clubes sediados no litoral (80 %), face a dois do interior (G. D. Chaves e CAF- Ac. Viseu), o que corresponde a 10 %, além dos insulares Marítimo e Nacional, ambos da Madeira.
Se alargarmos o campo de estudo até ao Campeonato Nacional da III Divisão, os números não oscilam muito: o litoral é sede de 134 dos 182 clubes concorrentes às três divisões (73,6 %), cabendo ao interior 41 clubes, apenas 22,5 %, sendo os restantes sete repartidos pelas Regiões Autónomas dos Açores (três representantes militando na III Divisão) e da Madeira.
É sintomático o facto de os distritos de Beja e da Guarda, além de Viana do Castelo, este do litoral, não terem qualquer representante na I e II Divisões, o que é mais estranho ainda no caso de Santarém, que chegou a ter, há pouco mais de dez anos, representação na I Divisão, por via do U. Tomar.
Outro aspecto se destaca nesta análise: a macrocefalia do futebol português, centralizado por completo, no que se refere a campeões da I Divisão, em apenas duas cidades, 44 títulos (81,5 %) para três clubes de Lisboa e dez (18,5 %) para um do Porto.
Todos estes números devem suscitar uma reflexão e o desejo de que os desequilíbrios de ordem económica e social sejam atenuados, de forma a permitir também uma expressão desportiva mais uniforme e condizente com padrões europeus, ao nível das Comunidades em que nos pretendemos integrar de forma plena.


15 anos depois, malheureusement, as coisas não se alteraram muito… mantêm-se os dois clubes da Madeira e os 16 representantes do litoral; porém, considerando que a competição foi reduzida a 18 clubes, deixou de haver (já desde há 3 anos), qualquer representante do interior do país!
[117]

1901 – LIGAÇÃO TRANSATLÂNTICA 

“O físico italiano Marconi efectua a primeira ligação transatlântica, via rádio, Estados Unidos – Europa. Receberá o prémio Nobel em 1909.”
[116]

sexta-feira, agosto 01, 2003

1000 

É claro que é um motivo de satisfação e um grande incentivo a continuar. Obrigado a todos!

P.S. De forma a evitar que tal se torne excessivamente repetitivo, não voltarei a abordar este tema… nos próximos tempos.

P.S.2 Agradecimentos também ao Adufe e ao mediaTic pelas referências.
[115]

"O MELHOR DO ROCK PORTUGUÊS 1980 - 1984" 

Não deixa de não ser também um pouco da nossa "história".
Foi então uma "bolha" quase explosiva, com grupos a nascer "como cogumelos" (tendo por "pai moral", Júlio Isidro e a sua "Febre de Sábado de Manhã" (!)); agora, 20 anos depois, é bom relembrar memórias do Chico Fininho (Rui Veloso), Chiclete (Táxi), Portugal na CEE (GNR), Patchouly (Grupo de Baile), Latin'América (Já Fumega) e outras "bandas da época", os Street Kids, Trabalhadores do Comércio, ...
Essencial!
[114]

"FACTOS DO SÉCULO XX" 

Pacheco Pereira (Abrupto) escrevia há alguns dias atrás sobre a inexistência de “blogues” de temática histórica. Na TSF, no “Flashback”,“insurgia-se” também contra a (falta de) lógica do programa de História no ensino (12º ano), nomeadamente pela falta de uma coerência e articulação cronológica e por não haver um enquadramento aos diversos temas, tratados, de algum modo, de “forma avulsa”.

Evidentemente sem querer ter pretensões a suprir a tal lacuna (“bloguística”) no tratamento da História, mas porque é uma matéria que sempre me despertou alguma curiosidade e interesse, socorro-me (com a devida vénia) de uma publicação dos jornais do “Grupo Lusomundo” (Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Açoriano Oriental, Diário de Notícias – Madeira e Jornal Tribuna de Macau), de Julho de 1999, designada “NOTÍCIAS DO MILÉNIO” (notável edição que é importante “fazer reviver”, de forma a que não “caia no arquivo do esquecimento”) e, a partir de hoje, diariamente, farei a transcrição – relativamente aos acontecimentos mais marcantes do século XX – de alguns dos “factos” seleccionados na referida publicação, na secção “1000 anos, 1000 factos”.

Trata-se da apresentação, de uma forma cronológica, através de notas muito breves, numa linguagem de “estilo jornalístico”, dos principais factos do século XX, separando-se as cronologias internacional e nacional. A começar:

1900 – ZEPPELIN
“Lançamento do primeiro Zeppelin, o “LZ1”, aeronave construída pelo conde e inventor alemão Ferdinand von Zeppelin.”

1900 – ANALFABETISMO
“O censo revela que 74 % da população (5 016 267 pessoas) é analfabeta. No ano seguinte, reforma-se o ensino primário. Passa a durar três anos, é obrigatório e gratuito.”
[113]


FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – CHIPRE (V) 

Os museus da ilha albergam numerosas exposições de cerâmica, escultura e jóias, demonstrativas da importância da arte nas sucessivas épocas culturais. Os mosaicos evidenciam a passagem da influência pagã à cristã, como a substituição de motivos florais e animais por desenhos geométricos. Em Chipre abundam as igrejas, pintadas com murais e ícones que abarcam estilos dos séculos X a XVII.
Desde o cimo do Monte Olimpos até às costas e suaves planícies, Chipre é uma ilha para desfrutar a natureza, sendo um lugar privilegiado para a observação de aves e um “paraíso” para os arqueólogos.
Chipre beneficia de uma paisagem altamente contrastante, desde férteis planícies na parte central, até terras áridas cobertas de vinhedos e quilómetros de praias arenosas; cerca de 1/5 da ilha está coberta por bosques.
Alguns dos principais produtos agrícolas resultam do cultivo de oliveiras, citrinos e vinhedos. Não obstante, como resultado do rápido desenvolvimento económico global, surgiu uma economia fundamentada nos serviços, em lugar dos modelos tradicionais de exploração agrícola e mineira.
Uma das especialidades gastronómicas da ilha é o “Halloumi”, queijo de textura elástica, elaborado com queijo de cabra ou de ovelha.
A fechar esta breve “viagem” por Chipre, alguns dados estatísticos de carácter sócio-económico: PIB “per capita”, 20 615 euros; Taxa de inflação, 2,8 %; Taxa de desemprego, 3,3 %; número de automóveis por 100 habitantes, 34; número de telemóveis por 100 habitantes, 41; número de utilizadores de Internet por 100 habitantes, 20.
Actualmente, Chipre está económica e politicamente orientado para a Europa, especificamente para a União Europeia, tendo solicitado a sua adesão em 1990, constituindo uma esperança para a resolução das históricas divergências entre as comunidades grega e turca.
[112]

quinta-feira, julho 31, 2003

"HONESTIDADE A TODA A PROVA" 

Em artigo publicado na revista “Selecções do Reader’s Digest” do presente mês de Julho, são apresentados os resultados de um “Inquérito Europeu de Honestidade”, abrangendo cerca de 8 000 pessoas, em 19 países da Europa.
Vejamos então como foi “colocada à prova” a honestidade dos europeus:

"1. Ao sair do supermercado, verifica que a caixa lhe deu 10 euros a mais de troco. Volta atrás e devolve o dinheiro?
2. Bebeu demais numa festa e suspeita que estará muito acima do limite de alcoolemia para conduzir. Mesmo assim, tenta guiar até casa?
3. Tem uma oportunidade de pagar menos impostos este ano se ocultar parte dos rendimentos que auferiu. Decide fazer isso mesmo?
4. O parque do estacionamento do centro comercial está lotado, excepto os lugares para deficientes. Só precisa de fazer uma compra e isso não demorará mais que 10 minutos. Estaciona num lugar para deficiente?
5. Está atrasado para o trabalho, não teve tempo para comprar o bilhete do comboio e o próximo só parte daqui a 20 minutos, Tem boas hipóteses de não ser apanhado. Vale a pena arriscar?
6. Precisa de uns envelopes e canetas para uso da sua família. Leva alguns da empresa em que trabalha?
7. Encontra na rua uma carteira com 50 euros, mas sem qualquer identificação ou morada. Entrega-a na esquadra da Polícia?
8. O seu maior amigo/amiga é casado/a e um dia você vê na rua a mulher/o marido de mão dado com um estranho. Sente obrigação de contar ao seu amigo ou amiga?
9. As toalhas de banho do hotel em que ficou são muito bonitas. É capaz de meter uma na mala quando se for embora?
10. Há uma fila enorme na paragem do autocarro e está a chover a potes. O autocarro chega e você constata que não vai ter lugar, a menos que salte a fila. Fá-lo?
11. São 9 da noite, regressa a casa no seu carro e a auto-estrada está praticamente vazia. Conduz a 20 km/h acima do limite legal para chegar mais depressa?
12. Um amigo oferece-lhe uma cópia-pirata de um programa para computador muito caro. Aceita a oferta e instala o programa no seu computador?"


Como se refere no artigo “E você, passa o teste da toalha?”, “Os resultados não são um barómetro científico da virtude europeia, mas apenas um exercício desconcertante de auto-avaliação”. E, mais adiante: “Em geral, nós todos, Europeus, saímo-nos razoavelmente bem”.
E, sem quebrar a “confidencialidade” sobre os resultados do “estudo”, é de assinalar o “grau de honestidade” dos portugueses, particularmente nos seguintes “parâmetros”: (a) nº 1 (devolução do troco recebido em excesso), 3º lugar a nível europeu; (b) nº 5 (não fazer a viagem de comboio sem bilhete), 1º lugar (!); (c) nº 8 (“contar ao amigo …”), também 1º lugar; e (d) nº 10 (não “saltar a fila do autocarro”), 2º lugar.
Onde “ficamos um pouco mal na fotografia” é nas matérias: (a) nº 9 (ocupamos a 2ª posição europeia a “levar toalhas dos hotéis”) e (b) nº 12 (somos mesmo os “campeões” das cópias-pirata de programas de computador…).
É claro que não vou revelar os países cujos habitantes revelaram tendências comportamentais “menos honestas”!


P. S. É com grande satisfação que agradeço ao Francisco José Viegas, pela inclusão de referência a esta página na sua prestigiada relação de links (queria dizer que, quando comecei a minha aventura neste “novo mundo”, foi essa a minha lista de referência, a partir da qual iniciei o caminho de descoberta de belíssimos textos que nos são oferecidos nas mais diversas páginas).
[111]



FATIAS DE CÁ – A FLAUTA MÁGICA 

Volto a referir a companhia teatral “Fatias de Cá”, a propósito da teatralização da ópera de Mozart, tendo como pando de fundo o Convento de Cristo em Tomar.
A partir de amanhã (1 de Agosto – e com novas apresentações nos dias 2, 3, 8, 9, 10, 29, 30 e 31 de Agosto e, ainda, nos dias 12 e 14 de Setembro), uma deliciosa interpretação da história do príncipe Tamino, do bizarro Papageno, do malvado e poderoso Sarastro e de Pamina, a bela filha da “Raínha da Noite”.
Como não seria possível contar a história da “Flauta Mágica” sem a música de Mozart, a representação incluirá uma selecção de trechos da referida ópera.
Após o surpreendente final da peça, o público será convidado a partilhar um jantar com os actores.

Pode ouvir um trecho da “Ária da Raínha da Noite” aqui (vale a pena experimentar!).

A “Flauta Mágica” foi estreada em 1791, pouco antes da morte de Mozart, convertendo-se num grande êxito, tendo sido mesmo considerada por Beethoven como a melhor ópera de Mozart.
[110]


FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – CHIPRE (IV) 

Chipre é a terceira maior ilha do Mediterrâneo, em termos de dimensão. Com uma superfície de 9 251 km2, tem como medidas máximas, 240 km de Este a Oeste e 100 km de Norte a Sul. Localizado no extremo nordeste do Mediterrâneo oriental, Chipre encontra-se a uma distância de 380 km ao Norte do Egipto, 105 km a Oeste da Síria e apenas a 75 km ao Sul da Turquia.
Apesar das suas reduzidas dimensões, detém um rico património cultural, reflectido em numerosos monumentos, castelos e fortalezas, repartidos por toda a ilha.
As principais cidades são: Nicosia, Limassol, Larnaca, Paphos e Agia Napa.
Nicosia (“Lefkosia”), com cerca de 195 000 habitantes, é a única cidade europeia que permanece dividida e separada em duas zonas, pela chamada “Linha Verde” (após 30 anos de absoluta divisão, foi finalmente possível aos “cipriotas do norte” transpor as fronteiras para o sul e vice-versa – vidé post nº 4, de 29 de Junho).
O clima da ilha é de tipo mediterrânico, com suaves chuvas no Inverno e verões secos e muito quentes.
A população cipriota registada em 1999 ascendia a cerca de 755 000 habitantes, excluindo os 155 000 “colonos” turcos residentes na parte norte da ilha. Cerca de 85 % (643 000) são greco-cipriotas; 12 % (88 000) são turco-cipriotas; sendo os restantes 3 % (24 000) estrangeiros.
Os idiomas “oficiais” são o grego e o turco.
[109]

quarta-feira, julho 30, 2003

1º MÊS (Parte III) 

Para terminar, estes “primeiros passos” – numa caminhada que se pretende “longa” – não podiam ter sido feitos, primeiro que tudo, sem o apoio daqueles que nos são mais próximos; logo a seguir, por todos os que fazem o favor de nos ler (de nos dar o “privilégio” de os termos como “companheiros de viagem”); e, “last but not least”, por quem tem compartilhado desta excitação do prazer da escrita e se me tem referido de forma simpática e incentivadora (cito por ordem cronológica de “entrada em cena”): 100nada; Carlos Vaz Marques (Outro, eu); César Valente (Carta Aberta); Terras do Nunca; Cristiano Dias (Cris Dias); Martin Pawley (Dias estranhos); Incongruências; Mata-mouros; Sixhat agridoce; Socio(b)logue; Janela para o Rio; Crítico Musical; Fumaças e O Carimbo.
“Um abraço de simpatia” também ao Retorta, Nuno Jerónimo (Blogue dos Marretas), Cristina Fernandes (Janela Indiscreta) e, novamente, ao João L. Nogueira (Socio(b)logue) e, por fim, ao Chryde Barrow (Heures creuses) pela atenção que demonstraram relativamente aos meus textos (não esquecendo também um agradecimento especial a quem me lê assiduamente na Universidade de Liverpool).
A fechar, a maior angústia de todas é a que decorre (tal como referia José Mário Silva) da absoluta falta de tempo, da pura impossibilidade de acompanharmos minimamente o que se está a passar ao nosso redor, neste fabuloso mundo da “blogosfera” (e da óbvia necessidade de compatibilizar isso com o “resto da nossa vida”, já de si tão “ocupada”).
As férias estão quase a chegar…
[108]

1º MÊS (Parte II) 

Voltando aos números, funciona um pouco o “materialismo do contador”, qual “Tio Patinhas” (“quanto mais visitantes temos, mais queremos ter...”); a fasquia vai sendo sempre elevada; o que provoca alguma “ansiedade” prospectiva: sendo agora o “objectivo imediato” o alcançar do “número mágico” de 1 000 visitantes, o que se seguirá? A “insatisfação” permanente?
É uma sensação de constante insaciabilidade… talvez possam responder aqueles que têm o privilégio (evidentemente merecido / conquistado) de ser mais visitados: depois de ultrapassar (por exemplo) os 5 000 visitantes, não “fixaram” eles um objectivo imediato seguinte? (Há dias, Pacheco Pereira, no Abrupto, escrevia sobre a sua “impaciente” espera pelo alcançar dos 100 000 visitantes… E a seguir? Satisfeita essa meta, qual o desafio seguinte? E com cada “novo alvo” a ser colocado, naturalmente, mais distante… nos 200 000?).
Ou seja, a verdade é que “size matters”, “mesmo”! (Quem estiver imune a esta “febre” de procurar saber quantos visitantes tem, da necessidade de “feedback”, que “atire a primeira pedra”…) - o Aviz, pelo seu prestigiado estatuto, “não conta” para este efeito...
Mas há também o “reverso da medalha”: à medida que o número de visitantes vai aumentando (e que vamos sendo referenciados), são acrescidas proporcionalmente as “responsabilidades” do autor; há que procurar constantemente “elevar o nível”, “descobrir” temas interessantes (tão difícil, se pensarmos que, muitos dos assuntos que são interessantes para nós, não têm qualquer interesse para o leitor…) – e ter a capacidade de os tratar de uma forma atractiva – ser capaz, no fundo, de “manter acesa a chama” (procurar manter os visitantes minimamente “entusiasmados”); no limite, ter uma “linha de orientação coerente”.
Porque, embora, em primeira análise, escrevamos para nós próprios, a partir do momento em que sabemos que temos "leitores" que seguem o que vamos escrevendo, não podemos obviamente deixar de levar também isso em consideração...
[107]


1º MÊS (Parte I) 

Este “blogue” completou (na segunda-feira, 28) um mês de existência, que sintetizo, numa “fria linguagem” numérica, da seguinte forma: 100 “posts”; 800 visitantes; 2 000 “páginas visitadas”.
A análise nesta perspectiva “aritmética” torna-se bastante redutora, não contemplando outros factores de índole qualitativa; o (meu) entusiasmo com as potencialidades e virtualidades deste meio tem vindo a ser reforçado; há ainda tanto caminho por explorar…
Este é, também, um “texto longo” (vidé, na página referenciada, o dia 18 de Julho), pelo que será “servido em mais de que uma dose”.
Ao longo deste mês, escrevi alguns “posts” de uma forma bastante entusiasta (de que o melhor exemplo será precisamente o nº 1, dedicado ao “EQUADOR”, de Miguel Sousa Tavares, mas também, entre outros, a referência aos discos de Sérgio Godinho e Carla Bruni, para além da minha admiração por Maria Ana Bobone, passando pelo desejo de que Carlos Queirós seja bem sucedido no Real Madrid, terminando nos extractos de “O Meu Pé de Laranja Lima"); apresentei um conjunto relativamente alargado de sugestões de eventos diversos (nomeadamente culturais e desportivos).
Acabei, por razões absolutamente excepcionais, por abordar algumas “questões pessoais” (achei que, tendo este meio ao meu dispôr, não poderia deixar de o utilizar para prestar homenagem a quem já não está entre nós).
Visando a “abertura de novas janelas a este admirável mundo novo”, fiz uma breve incursão por outros horizontes da “blogosfera”: do Brasil a Itália, passando por Espanha, Galiza e França – onde ganhei já alguns “amigos” (destaque especial para o Martin Pawley, do Dias estranhos, um “blogue” em galego, para além do brasileiro César Valente, do Carta Aberta).
Não deixa de ser curioso (seria talvez inevitável) que o “post” de “maior sucesso” fosse o relativo ao debate televisivo na NTV (nº 75, de 23 de Julho), em que procurei fazer um resumo dos pontos de maior relevância, por via de “citações” das “frases-chave” de cada um dos participantes (logo seguido pelos “posts” sobre o “Índice de Desenvolvimento Humano” e de "apreciação comparativa" entre "blogues" no Brasil e em Portugal - nº 74).
[106]

FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – CHIPRE (III) 

Em 1950, cerca de 95 % da população votara a favor da união com a Grécia.
No final de 1951, foi fundada uma organização anti-grega no sector turco, que viria a dar origem à “TMT” (Organização de Resistência Turca), na qual participava o líder dos turcos de Chipre, Rauf Denktash.
Em 1958, a Grã-Bretanha chamou a Turquia à mesa das negociações, tendo-se estabelecido a possibilidade de divisão da ilha num sector para a Grécia e outro para a Turquia (no "pós-independência").
Na sequência desta evolução, a Grécia abandonou os seus planos de anexação e aceitou, em 1959, a independência da ilha (assinada também pela Grã-Bretanha e Turquia).
Em Julho de 1974, um golpe de estado organizado pela Junta Militar que governava a Grécia derrubou o presidente Makarios, com intenção de anexar a ilha; consequentemente, a Turquia lançou também uma invasão, ocupando cerca de 1/3 da ilha, com o pretexto de protecção à minoria turca, tendo provocado milhares de baixas, muitas delas de civis.
Em Fevereiro de 1975, a Turquia declarou o norte de Chipre como estado federado turco; por fim, em 1983, a comunidade turca proclamou, unilateralmente, a sua independência, adoptando a designação de República Turca do Norte de Chipre, não reconhecida pela ONU (estado apenas reconhecido pela Turquia).
[105]

terça-feira, julho 29, 2003

"ACONTECE-NOS" 

Especialmente para o dia de hoje, queria "pedir emprestado" um belo texto do Flor de obsessão ("editado" no passado dia 29 de Junho), no qual me revi (quase) por completo (o meu agradecimento por nos ter proporcionado estes momentos de pura beleza):

"Acontece-nos uma vez. Acontece-nos sempre.
Chegámos num melancólico inverno do princípio do ano. O meu pai não veio connosco. Eu, a minha mãe e o meu irmão, estávamos sós num sítio que não conhecíamos, à espera que o meu pai se juntasse. Entre nós, os pinheiros intermináveis e curvos, a folhagem agreste, as silvas, as nuvens baixas, tudo isto fazia parte de uma ideia maior, a de que o tempo passava ali menos depressa, ideia que se repetiria por muitos anos desde então. Ficámos num apartamento provisório, exíguo, mal acabado. Tínhamos o calor da lareira, vazio e falível, mas não tínhamos mais nada. Aguardávamos o meu pai para nos mudarmos para uma casa maior. E os dias eram longos, frios, tediosos. A minha mãe passava horas junto à janela a olhar para a chuva. Por vezes, acontecia ela balbuciar alguma coisa que não percebíamos bem mas que tinha a ver com o desgosto que ela sentia por estar ali, com a sua solidão, o tempo a escoar-se lentamente. Percebi que o desgosto de uma mulher aflige muito mais do que o desgosto de um homem. Tantos anos depois, creio que esse dia foi premonitório, uma ocasião em que podíamos ver o futuro, se tivéssemos consciência disso. A lareira ardia, esperando pelo meu pai, que sempre foi o primeiro a aproximar-se dela, até nos dias mais amenos em que não fazia sentido ter o lume aceso. Mas na altura ele não estava e era o nosso primeiro dia naquele local. Eu, a minha mãe, o meu irmão, os três olhámos uns para os outros, num silêncio carregado, quase espectral, e nunca estivemos tão perto como nessa noite escura. Primeiro, chorou a minha mãe, depois chorei eu, depois o meu irmão. Uma epidemia súbita, uma transmissão impossível, a derrocada de um castelo de cartas. Uma mão fúnebre cobriu-nos aos três em conjunto, apanhando-nos durante minutos sem nos largar. Ninguém se mexeu. Lá fora, a névoa caía, espessa, sobre os pinheiros. Os cães latiam. Vinha chuva."

[104]

O MEU PÉ DE LARANJA LIMA (X) 

"- O primeiro a escolher as árvores, será você.
Olhei os seus pés, os dedos saindo dos tamancos. Ele era uma velha árvore de raízes escuras. Era um pai-árvore. Mas uma árvore que eu quase não conhecia.
- Depois tem mais. Tão cedo não vão cortar o seu pé de Laranja Lima. Quando o cortarem você estará longe e nem sentirá.
Agarrei-me soluçando aos seus joelhos.
- Não adianta, Papai. Não adianta…
E olhando o seu rosto que também se encontrava cheio de lágrimas murmurei como um morto:
- Já cortaram, Papai, faz mais de uma semana que cortaram o meu pé de Laranja Lima."


P. S. Termina hoje a apresentação desta selecção de extractos de “O Meu Pé de Laranja Lima”. De forma deliberada, omiti o episódio culminante da narrativa, de forma a não quebrar o “suspense” a quem, não conhecendo a história, pretenda ler o livro. Espero que estes breves trechos tenham despertado a vontade de conhecer esta bela obra da literatura mundial, hoje já um clássico.
[103]

FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – CHIPRE (II) 

No período romano (ocupação de 58 A.C. até 1182), a ilha converteu-se ao cristianismo; de 330 a 1191 (na sequência da divisão do Império Romano), passa a formar parte do Império Bizantino (com capital em Constantinopla).
Ricardo Coração de Leão (de Inglaterra) conquistou-a em 1191, tendo-a cedido à Ordem dos Templários, tendo sido de seguida governada pelos sucessores de Guido de Lusignan (ex-rei de Jerusalém) até 1489, altura em que foi cedida a Veneza.
Seguiu-se, em 1571, uma invasão turca, que a colocou sob domínio otomano (“quebrando-se” assim as suas relações com a Europa).
Durante um breve período foi dominada pelo Egipto, até que foi retomada pelos turcos em 1840.
Em 1848, os ingleses ocuparam-na, embora colocando a administração sob a soberania do sultão da Turquia.
Em Novembro de 1914 (como represália da participação da Turquia ao lado da Alemanha na I Guerra Mundial) foi anexada à Grã-Bretanha; foi colónia inglesa até 16 de Agosto de 1960, altura em que alcançou a independência, tendo sido então eleito presidente o arcebispo ortodoxo Makarios.
[102]

segunda-feira, julho 28, 2003

PAI 

Passam hoje dois anos sobre o dia mais triste da minha vida…
[101]

O MEU PÉ DE LARANJA LIMA (IX) 

"Quando Dona Cecília Paim perguntou se alguém queria ir ao quadro-negro escrever uma frase, mas uma frase que fosse invenção do aluno, ninguém se atreveu. Mas eu pensei uma coisa e levantei o dedo.
- Quer vir, Zezé?
Saí da carteira e me dirigi para o quadro-negro enquanto ouvia orgulhoso o seu comentário.
- Vocês viram? Logo o menorzinho da turma.
Eu não alcançava nem na metade do quadro. Peguei o giz e caprichei na letra.
“Faltam poucos dias para as férias”.

“Depois apareceram outros decididos para escrever uma frase. Mas o herói tinha sido eu.”"

[100]

ITÁLIA 

Como diz o 1972: “Siamo piu' di 15,000! leggi cosa scrivono gli altri bloggers...”.
Dos países que já “visitei”, parece ser o mais aberto aos “blogues” internacionais, com inúmeras referências a “blogues” de língua inglesa. Parecem ser também os “blogues” de maior “conteúdo do tipo jornalístico” e “intervenção política”.
Sem prejuízo de ser geralmente considerada uma língua muito bela (com o que, obviamente concordo) - e apesar de podermos pensar que seria de fácil domínio, dadas as afinidades com o português - o italiano não é necessariamente uma língua de compreensão fácil (em toda a sua extensão), pelo que, das já visitadas, é aquela em que experimentei mais dificuldades na leitura dos “blogues”.
De qualquer forma, para completar este pequeno “périplo”, não quis deixar de “abrir mais esta janela”.

P.S. É evidente que haveria muito “mais mundo” para descobrir (desde logo, na Europa, por exemplo, a Alemanha, a Holanda, os países escandinavos, bálticos e de leste, …), mas as diferenças linguísticas impossibilitam-me qualquer apreciação minimamente fundamentada, pelo que aqui encerro esta “digressão”.

P.S.2 – No que respeita aos “blogues” em língua inglesa, aí trata-se de uma “outra conversa”… essa seria (pela dimensão, dado estarmos em presença da “língua universal”) uma “grande empreitada”, para a qual não tenho disponibilidade de tempo, pelo que aqui deixo o repto (se alguém se quiser aventurar por aí…). Ficam, para já, duas pequenas referências a dois dos melhores “blogues” que já tive oportunidade de conhecer: Andrew Sullivan e How to learn swedish in 1000 difficult lessons.
[99]


FUTUROS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA – CHIPRE (I) 

No próximo dia 1 de Maio de 2004, a União Europeia viverá o maior alargamento da sua história, passando de 15 a 25 membros; serão admitidos como novos países-membros: Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e R. Checa.
A União Europeia abre-se ao leste e ganha novas fronteiras, do Báltico ao Mediterrâneo.
A partir de hoje, e ao longo dos próximos 10 meses, proponho-me apresentar (em 10 séries “semanais” de “artigos”, a editar mensalmente) breves notas sobre cada um dos novos países a integrar a União, compreendendo aspectos de natureza histórica, geográfica, económica e cultural.
Começamos portanto, hoje, a “Semana do CHIPRE”.

Chipre é uma ilha, localizada no Mediterrâneo oriental, habitada desde o neolítico (cerca de 7 000 A.C.). No quarto e terceiro milénio A.C. desenvolveu-se uma cultura neolítica e outra do bronze.
Durante a época do bronze (2 600 – 1 000 A.C.), Chipre beneficiou de grande reputação pela sua produção de cobre, derivando precisamente o seu nome (“Kipros / Kibris”) de uma denominação arcaica deste metal.
Recebeu também influência micénica (cujo centro se localizou na cidade-reino de Salamina).
Nos séculos seguintes, foi sucessivamente dominada por egípcios, fenícios e persas. Conquistada por Alexandre “O Grande” no século IV A.C. (que a libertou do domínio persa), converteu-se de seguida em parte do estado egípcio, sob governantes gregos, descendentes de Ptolomeo.
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domingo, julho 27, 2003

O MEU PÉ DE LARANJA LIMA (VIII) 

"- Gostas assim de passear em “nosso” carro?
- Ele também é meu?
- Tudo que é meu é teu. Como dois grandes amigos.
Fiquei delirante. Ah se eu pudesse contar a todo mundo que era meio dono do carro mais bonito do mundo."

[98]

LANCE ARMSTRONG 

Ao conseguir hoje a sua 5ª vitória consecutiva (de 1999 a 2003), aos 31 anos, o texano Lance Armstrong entra na “lenda” do “Tour de France”, como um dos melhores ciclistas do mundo de todos os tempos (igualando Miguel Indurain, penta-vencedor, entre 1991 e 1995 e superando Jacques Ancquetil, Eddy Merckx e Bernard Hinault, também com 5 vitórias, embora não em anos consecutivos).
Como descreve na sua autobiografia “Every Second Counts”, tendo sobrevivido a um cancro testicular, que alastrou aos pulmões e ao cérebro (em 1995, tendo passado por duas operações ao cérebro e tratamentos de quimioterapia), a doença acabou por ser a melhor coisa que lhe aconteceu, na medida em que o fez alterar radicalmente a sua vida: “Antes do diagnóstico, eu era um profissional displicente, que recebia um avultado salário por um trabalho que não desenvolvia a 100%; quando contraí a doença, disse-me a mim próprio: se tiver uma nova oportunidade, vou fazer o meu melhor, vou dar o máximo para me conseguir superar sempre”.
Considera que a doença lhe provocou, por um lado, alterações morfológicas, tendo-lhe o processo de emagrecimento por que passou proporcionado as condições para se tornar num dos melhores “trepadores” (provas de montanha) do mundo e, por outro lado, tornado um homem fortalecido psicologicamente, capaz de enfrentar qualquer desafio ou concorrente.
Armstrong criou entretanto uma Fundação que angariou já 23 milhões de dólares tendo por objectivo o combate à doença e, no plano desportivo, tem agora por ambição superar (pelo menos em resultados) todos os seus predecessores, históricos campeões do “Tour”.

Apesar de o 2º classificado ser o “principal derrotado” (e, na maior parte dos casos, “caia no esquecimento”), uma palavra de apreço para o desempenho desse (também) grande campeão que é Jan Ullrich (campeão olímpico e campeão mundial de “contra-relógio”) que, nas suas 6 participações, foi vencedor em 1997 e 2º classificado já por 5 vezes! (em 1996, 1998, 2000, 2001 e 2003), tendo tido o mérito de ter tornado esta a mais difícil de todas as vitórias de Lance Armstrong (uma diferença de apenas “une toute petite minute”, ao fim de mais de 3 000 km…).

Para saber (quase) tudo sobre esta grande “epopeia” de 100 anos de “TOUR DE FRANCE”, vá aqui.
[97]

HUMAN DEVELOPMENT INDEX (VII) 

Por fim, no que respeita aos factores “Desempenho económico” / “Difusão tecnológica”, destacam-se os seguintes indicadores, respectivamente, “PIB em biliões de USD”; “PIB per capita em USD”; “% Crescimento anual do PIB 1990-2001”; “Taxa de inflação média anual 1990-2001”; “Telefones por 1 000 habitantes”; “Telemóveis por 1 000 habitantes”; “Utilizadores de Internet por 1 000 habitantes”:

- Noruega: 166 / 36 815 / 2,9 / 2,2 / 732 / 815 / 464
- Islândia: 7,7 / 27 312 / 2,1 / 2,9 / 664 / 865 / 599
- Suécia: 210 / 23 591 / 1,7 / 1,8 / 739 / 790 / 516
- Austrália: 369 / 19 019 / 2,7 / 2,2 / 541 / 574 / 371
- Holanda: 380 / 23 701 / 2,3 / 2,4 / 621 / 767 / 491
- Bélgica: 230 / 22 323 / 1,9 / 1,9 / 498 / 747 / 310
- EUA: 10 065 / 35 277 / 2,1 / 2,7 / 667 / 451 / 502
- Canadá: 695 / 22 343 / 2,1 / 1,7 / 676 / 362 / 467
- Japão: 4 141 / 32 601 / 1,0 / 0,6 / 586 / 588 / 384
- Suíça: 247 / 34 171 / 0,3 / 1,5 / 732 / 728 / 307

- Portugal: 110 / 10 954 / 2,6 / 4,3 / 425 / 774 / 282

Relativamente aos aspectos económicos, Portugal terá ainda que recuperar de forma significativa, particularmente o valor de PIB per capita, assim como necessita conseguir a redução da taxa média de inflação.

Destaque para o número de telemóveis por 1 000 habitantes (uma particularidade portuguesa, que terá provocado inclusivamente a redução do número de telefones fixos), “competindo” ao nível dos maiores utilizadores mundiais (nomeadamente os países nórdicos: Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia; para além de Áustria, Itália, Israel e Hong Kong, também acima de 800, com o “recordista mundial” a ser o Luxemburgo, com 920).

Finalmente, a nível de utilizadores de Internet, haverá ainda um longo caminho a percorrer para uma aproximação aos países do topo mundial.

Termina hoje a apresentação dos principais indicadores integrantes do Relatório da ONU sobre o “Índice de Desenvolvimento Humano”.

Em síntese, aqui foram destacados, nos últimos 7 dias, os países com melhor desempenho nos aspectos mais relevantes dessa classificação, assim como os correspondentes dados comparativos referentes a Portugal.

Muito mais haveria concerteza a dizer (nomeadamente sobre os países “menos ricos”, para usar um eufemismo), mas tal seria uma tarefa árdua e que iria inevitavelmente tornar a leitura cansativa e fastidiosa. Farei portanto, tal como no primeiro dia, nova remissão para o relatório emitido pela ONU.
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