quarta-feira, outubro 15, 2003
"NOVA CASA"
O aaanumberone termina aqui!
“Renasce” agora mesmo numa “nova casa”, com um novo nome: “Memória Virtual”.
Aguardo a sua visita.
Obrigado a todos.
“Renasce” agora mesmo numa “nova casa”, com um novo nome: “Memória Virtual”.
Aguardo a sua visita.
Obrigado a todos.
terça-feira, outubro 14, 2003
“MANAGER” (II) – FIXAR OBJECTIVOS, ACOMPANHAR E CONTROLAR, AVALIAR OS RESULTADOS
Um objectivo corresponde à declaração específica de um determinado resultado esperado, devendo ser claro, realista, devidamente quantificado e tendo um prazo de execução definido.
Exercer um controlo sobre o trabalho de um colaborador é inerente à responsabilidade hierárquica; caso não possa ser exercido, a autoridade será necessariamente colocada em causa.
Mas exercer o controlo é também, e talvez sobretudo, apoiar e aconselhar na tomada de acções correctivas. Passa portanto pela existência prévia de objectivos fixados com precisão, assim como por ferramentas e meios que permitam medir/comparar a situação atingida com o resultado pretendido, culminando na adopção de medidas correctivas, de forma a minimizar os desvios face ao objectivo.
O controlo, sendo um meio de avaliação, deve ter também um papel “formador”, contribuindo para a melhoria do desempenho.
A fase de avaliação dos resultados deverá compreender duas etapas: auto-avaliação por parte do próprio colaborador; apreciação do responsável hierárquico, incidindo necessariamente sobre os resultados e não sobre a pessoa.
Em reuniões com colaboradores, de forma a assegurar uma comunicação eficaz, é fundamental: manter uma escuta recíproca, deixar falar o colaborador; ser paciente; manter a calma; não criticar; colocar questões; sublinhar os pontos de acordo; identificar os pontos de desacordo, discuti-los e negociá-los.
[388]
Exercer um controlo sobre o trabalho de um colaborador é inerente à responsabilidade hierárquica; caso não possa ser exercido, a autoridade será necessariamente colocada em causa.
Mas exercer o controlo é também, e talvez sobretudo, apoiar e aconselhar na tomada de acções correctivas. Passa portanto pela existência prévia de objectivos fixados com precisão, assim como por ferramentas e meios que permitam medir/comparar a situação atingida com o resultado pretendido, culminando na adopção de medidas correctivas, de forma a minimizar os desvios face ao objectivo.
O controlo, sendo um meio de avaliação, deve ter também um papel “formador”, contribuindo para a melhoria do desempenho.
A fase de avaliação dos resultados deverá compreender duas etapas: auto-avaliação por parte do próprio colaborador; apreciação do responsável hierárquico, incidindo necessariamente sobre os resultados e não sobre a pessoa.
Em reuniões com colaboradores, de forma a assegurar uma comunicação eficaz, é fundamental: manter uma escuta recíproca, deixar falar o colaborador; ser paciente; manter a calma; não criticar; colocar questões; sublinhar os pontos de acordo; identificar os pontos de desacordo, discuti-los e negociá-los.
[388]
O TRABALHO (III)
Podemos, ao invés, interrogar-nos sobre o que faríamos se ficássemos “libertos” (todos) de ter uma actividade profissional.
Seria errado pensar que talvez apenas uma relativamente pequena parte da população utilizaria esse “novo tempo livre” para se instruir, para aprender, para inovar, inventar um “novo mundo”; e que, uma parte relevante da população mundial não faria nada mais que “preguiçar” indefinidamente (optando pela via da “facilidade” e, consequentemente, da “mediocridade”)?
Será legítima a interrogação se a "sociedade", pelos constrangimentos que determina – impondo ao homem uma espécie de trabalho “compulsivo” – terá acabado por “fazer a agulha”, orientando-nos de forma a contornar a que seria eventualmente a tendência “natural” do género humano?
[387]
Seria errado pensar que talvez apenas uma relativamente pequena parte da população utilizaria esse “novo tempo livre” para se instruir, para aprender, para inovar, inventar um “novo mundo”; e que, uma parte relevante da população mundial não faria nada mais que “preguiçar” indefinidamente (optando pela via da “facilidade” e, consequentemente, da “mediocridade”)?
Será legítima a interrogação se a "sociedade", pelos constrangimentos que determina – impondo ao homem uma espécie de trabalho “compulsivo” – terá acabado por “fazer a agulha”, orientando-nos de forma a contornar a que seria eventualmente a tendência “natural” do género humano?
[387]
O TRABALHO (II)
Apesar de, em 1900, o trabalho ocupar cerca de um terço da vida e, hoje, apenas cerca de 20 % (considerando os fins-de-semana, férias e feriados), passou a ser visto como um prolongamento da existência, a concretização (forma de “realização”) da vida, um meio de expressão pelo qual nos tornamos assimiláveis aos outros, sem o qual nos sentiríamos excluídos socialmente.
Mas a realidade efectiva é que o trabalho nos acompanha muito para além das instalações físicas em que é desenvolvido, ocupando parte muito relevante das nossas mentes.
Em determinadas actividades, demasiadamente absorventes, entra-se num ciclo, simultaneamente “virtuoso” e “vicioso”: por um lado, numa sociedade que se fundamentará na “meritocracia”, o bom desempenho traduz-se em feedback (reconhecimento), re-alimentando, por sua vez, a necessidade de continuar a “investir” e a progredir na carreira (com subsequente “acréscimo” de reconhecimento); por outro, tal gera uma engrenagem da qual é difícil à pessoa individual conseguir libertar-se, a “vontade” / “necessidade” (de afirmação pessoal) tem reflexos numa espiral de dedicação ou envolvimento, cada vez mais consumidora de tempo e de disponibilidade mental.
A sobrevalorização do papel do trabalho, a competitividade exacerbada, fez-nos esquecer (!?) que uma sociedade, para se desenvolver, necessita também de outra coisas, desde a participação social activa, às actividades familiares, ao cultivar de um ciclo de amizades, até à vertente amorosa e, in fine, pessoal.
[386]
Mas a realidade efectiva é que o trabalho nos acompanha muito para além das instalações físicas em que é desenvolvido, ocupando parte muito relevante das nossas mentes.
Em determinadas actividades, demasiadamente absorventes, entra-se num ciclo, simultaneamente “virtuoso” e “vicioso”: por um lado, numa sociedade que se fundamentará na “meritocracia”, o bom desempenho traduz-se em feedback (reconhecimento), re-alimentando, por sua vez, a necessidade de continuar a “investir” e a progredir na carreira (com subsequente “acréscimo” de reconhecimento); por outro, tal gera uma engrenagem da qual é difícil à pessoa individual conseguir libertar-se, a “vontade” / “necessidade” (de afirmação pessoal) tem reflexos numa espiral de dedicação ou envolvimento, cada vez mais consumidora de tempo e de disponibilidade mental.
A sobrevalorização do papel do trabalho, a competitividade exacerbada, fez-nos esquecer (!?) que uma sociedade, para se desenvolver, necessita também de outra coisas, desde a participação social activa, às actividades familiares, ao cultivar de um ciclo de amizades, até à vertente amorosa e, in fine, pessoal.
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O TRABALHO (I)
... Continuando a falar e a reflectir sobre o trabalho...
O trabalho nasceu como uma actividade que produz riqueza.
Não obstante, no mundo grego, era visto de forma negativa (como um “mero conjunto de esforços físicos”), sendo a “nobreza” associada à intelectualidade dos “amantes da sabedoria” (filósofos).
A Reforma instigou uma passagem aos valores associados ao trabalho, desenvolvendo a ideia de uma ética do “labor”. Com Adam Smith, surge o conceito geral do trabalho como origem de todas as riquezas.
No Século XIX, Hegel e Marx defenderam uma concepção do trabalho como um valor central da actividade humana, permitindo ao homem atingir a sua realização.
Transformou-se entretanto também num sistema de distribuição de direitos sociais; esperamos dele um rendimento, uma função social, uma ocupação.
Nos dias de hoje, o trabalho corresponde ao preenchimento de uma função num sistema, sendo nomeadamente as funções de integração social e de acesso a um status social fortemente perturbadas por situações de desemprego.
[385]
O trabalho nasceu como uma actividade que produz riqueza.
Não obstante, no mundo grego, era visto de forma negativa (como um “mero conjunto de esforços físicos”), sendo a “nobreza” associada à intelectualidade dos “amantes da sabedoria” (filósofos).
A Reforma instigou uma passagem aos valores associados ao trabalho, desenvolvendo a ideia de uma ética do “labor”. Com Adam Smith, surge o conceito geral do trabalho como origem de todas as riquezas.
No Século XIX, Hegel e Marx defenderam uma concepção do trabalho como um valor central da actividade humana, permitindo ao homem atingir a sua realização.
Transformou-se entretanto também num sistema de distribuição de direitos sociais; esperamos dele um rendimento, uma função social, uma ocupação.
Nos dias de hoje, o trabalho corresponde ao preenchimento de uma função num sistema, sendo nomeadamente as funções de integração social e de acesso a um status social fortemente perturbadas por situações de desemprego.
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1949 – DUAS ALEMANHAS
“Criada, em 8 de Maio, a República Federal da Alemanha (RFA), tendo como chanceler o cristão-democrata Konrad Adenauer. A República Democrática Alemã (RDA) será criada a 7 de Outubro, na zona de ocupação soviética, liderada por Otto Grotewohl.”
[384]
[384]
segunda-feira, outubro 13, 2003
“MANAGER” (I) – CLARIFICAR REGRAS E DEFINIR FUNÇÕES
Falando de assuntos mais sérios: no “tema livre” desta semana, resolvi reflectir um pouco sobre o papel do “Manager” na gestão de uma equipa. Para tal, apoiei-me no livro “Manager son équipe au quotidien”, de Bernard Diridollou (Éditions d’Organisation). Assim, ao longo desta semana, serão brevemente afloradas as seguintes questões: “Clarificar regras e definir funções”; “ Fixar objectivos, acompanhar e controlar, avaliar os resultados”; “Criticar e gerir conflitos”; “Delegar”; “Motivar”. Trata-se de temas que, podendo parecer muito específicos, serão contudo, em minha opinião, generalizáveis a muitas situações do quotidiano pelo que, penso, de interesse; deixo portanto também um convite à reflexão.
Inúmeras empresas operam ainda sem ter definido nunca, aos seus colaboradores, os seus valores, nem os comportamentos indispensáveis à eficácia e ao sucesso.
Clarificar as “regras do jogo” passa por dar pontos de referência aos colaboradores, indicar as prioridades e imposições.
Tal deve ser concretizado de forma explícita, por via de regras que sejam efectivamente aplicáveis, necessariamente úteis, mas que possam, ao mesmo tempo, ter alguma flexibilidade. Estas regras deverão permitir precisar os valores comuns, clarificar os objectivos, situando-os na perspectiva da empresa, desenvolver a coesão e suscitar a implicação pessoal de cada um.
Adicionalmente, deverão ser definidas as funções de cada colaborador: quais as responsabilidades individuais, possibilitando a sua compreensão e interiorização pelos implicados.
[383]
Inúmeras empresas operam ainda sem ter definido nunca, aos seus colaboradores, os seus valores, nem os comportamentos indispensáveis à eficácia e ao sucesso.
Clarificar as “regras do jogo” passa por dar pontos de referência aos colaboradores, indicar as prioridades e imposições.
Tal deve ser concretizado de forma explícita, por via de regras que sejam efectivamente aplicáveis, necessariamente úteis, mas que possam, ao mesmo tempo, ter alguma flexibilidade. Estas regras deverão permitir precisar os valores comuns, clarificar os objectivos, situando-os na perspectiva da empresa, desenvolver a coesão e suscitar a implicação pessoal de cada um.
Adicionalmente, deverão ser definidas as funções de cada colaborador: quais as responsabilidades individuais, possibilitando a sua compreensão e interiorização pelos implicados.
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EURO 2004 - "PLAY-OFF"
Fazendo os prognósticos antecipadamente (e não "só no fim do jogo", como se costuma dizer por graça no "futebolês"), a Espanha, Holanda, Turquia, Rússia e Croácia são fortes candidatos (em minha opinião) a marcar presença na Fase Final do EURO 2004, na sequência do sorteio dos play-off hoje realizado, que deu origem aos seguintes jogos, a disputar em Novembro: Espanha-Noruega; Escócia-Holanda; Letónia-Turquia; Rússia-País de Gales; Croácia-Eslovénia.
[382]
[382]
5000! (III)
O aaanumberone é ou foi lido em Portugal, Brasil, Espanha, Inglaterra, Bélgica, EUA, França, Itália, Canadá, Suécia, Japão, R. Dominicana, Argentina, Chipre, Suíça, México, Alemanha, Israel, Holanda, Luxemburgo, Angola, Taiwan, Marrocos, Uruguai, Singapura, Dinamarca, Austrália e Colômbia.
Quero portanto aproveitar esta “comemoração” especial para agradecer a todos, quer sejam visitantes mais ou menos “anónimos”, quer sejam mais conhecidos; quer sejam apenas leitores, quer sejam também “colegas escritores”.
Claro que me parece oportuna uma referência particular aos “colegas” que me têm indicado maior número de “novos amigos”: obrigado ao Francisco José Viegas / Aviz (como se compreende facilmente, o maior “referrer”); ao João / Terras do Nunca; ao João L. Nogueira / Socio(b)logue; à Catarina Campos / 100nada; ao César Valente / Carta Aberta (Brasil); ao Martin Pawley / Dias estranhos (Galiza); ao Almocreve das Petas; ao Crítico Musical; ao João Carvalho Fernandes / Fumaças.
Obrigado também aos que são talvez os mais assíduos leitores e/ou “comentadores” (pelo menos aqueles que foi possível identificar): Paulo Gorjão / Bloguítica Nacional; O Carimbo; Carlos Vaz Marques / Outro, eu; Mário Pires / Retorta; Rui Branco / Adufe; Nuno / Janela para o Rio; e, finalmente, ao “campeão dos comentários”, Ricardo / Rebique. Por falar em comentários, agradeço mais uma vez os da Fábia / Fal (Drops da Fal) e da Cláudia Bia (100sal), assim como os da Catarina Campos (100nada, em mudança para uma "nova casa"), que constituíram enormes incentivos.
Por fim – pedindo desculpa pela falta de capacidade de síntese desta “entrada” (em 3 partes) –, para quem chega de novo, preparei um resumo dos textos que considero mais “marcantes”, cujos links podem ser encontrados na coluna da direita (“Retrospectiva”), nomeadamente: “Equador”, “Human Development Index”, “Blogues Brasil e Portugal”, “Debate NTV”, “ONU – Iraque – Que futuro?”, “Guiné-Bissau – País de futuro”, “Vício dos blogues”.
[381]
Quero portanto aproveitar esta “comemoração” especial para agradecer a todos, quer sejam visitantes mais ou menos “anónimos”, quer sejam mais conhecidos; quer sejam apenas leitores, quer sejam também “colegas escritores”.
Claro que me parece oportuna uma referência particular aos “colegas” que me têm indicado maior número de “novos amigos”: obrigado ao Francisco José Viegas / Aviz (como se compreende facilmente, o maior “referrer”); ao João / Terras do Nunca; ao João L. Nogueira / Socio(b)logue; à Catarina Campos / 100nada; ao César Valente / Carta Aberta (Brasil); ao Martin Pawley / Dias estranhos (Galiza); ao Almocreve das Petas; ao Crítico Musical; ao João Carvalho Fernandes / Fumaças.
Obrigado também aos que são talvez os mais assíduos leitores e/ou “comentadores” (pelo menos aqueles que foi possível identificar): Paulo Gorjão / Bloguítica Nacional; O Carimbo; Carlos Vaz Marques / Outro, eu; Mário Pires / Retorta; Rui Branco / Adufe; Nuno / Janela para o Rio; e, finalmente, ao “campeão dos comentários”, Ricardo / Rebique. Por falar em comentários, agradeço mais uma vez os da Fábia / Fal (Drops da Fal) e da Cláudia Bia (100sal), assim como os da Catarina Campos (100nada, em mudança para uma "nova casa"), que constituíram enormes incentivos.
Por fim – pedindo desculpa pela falta de capacidade de síntese desta “entrada” (em 3 partes) –, para quem chega de novo, preparei um resumo dos textos que considero mais “marcantes”, cujos links podem ser encontrados na coluna da direita (“Retrospectiva”), nomeadamente: “Equador”, “Human Development Index”, “Blogues Brasil e Portugal”, “Debate NTV”, “ONU – Iraque – Que futuro?”, “Guiné-Bissau – País de futuro”, “Vício dos blogues”.
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5000! (II)
Só a partir do início de Julho consegui colocar a funcionar o “sitemeter”; quando, no dia 1 de Agosto, atingi os 1 000 visitantes, fiquei muito satisfeito, mas escrevi que não voltaria a referir o assunto nos próximos tempos, para não maçar os leitores...
Ontem à noite, o aaanumberone atingiu os 5 000 visitantes e as 12 500 “pageviews”; é uma “enormidade” que não imaginava sequer alcançar quando comecei.
Da média diária de 20 visitantes nas primeiras semanas, passou a cerca de 75 nas últimas (com um máximo de 93 visitantes no dia 23 de Julho – dia em que apresentei um resumo de um debate televisivo sobre os “blogues”, na NTV, com moderação de Francisco José Viegas), oscilando neste mês entre os 60 e 80 visitantes diários (com quebras regulares aos fins-de-semana, “caindo” até aos 40 visitantes).
O aumento do visitas diárias, assim como os cerca de 50 “colegas bloguistas” que incluíram o aaanumberone nas suas listas de “recomendados”, fizeram inevitavelmente aumentar a motivação para escrever e, ao mesmo tempo, criaram em mim uma “responsabilidade” de não os “desiludir”.
O aaanumberone cresceu, alargou o seu âmbito (sem esquecer o objectivo inicial!) e, até onde me for possível, em função do tempo disponível (que irá escassear drasticamente de Janeiro a Março, devido a compromissos profissionais), procurarei continuar a escrever sobre os assuntos que me “dizem” mais.
[380]
Ontem à noite, o aaanumberone atingiu os 5 000 visitantes e as 12 500 “pageviews”; é uma “enormidade” que não imaginava sequer alcançar quando comecei.
Da média diária de 20 visitantes nas primeiras semanas, passou a cerca de 75 nas últimas (com um máximo de 93 visitantes no dia 23 de Julho – dia em que apresentei um resumo de um debate televisivo sobre os “blogues”, na NTV, com moderação de Francisco José Viegas), oscilando neste mês entre os 60 e 80 visitantes diários (com quebras regulares aos fins-de-semana, “caindo” até aos 40 visitantes).
O aumento do visitas diárias, assim como os cerca de 50 “colegas bloguistas” que incluíram o aaanumberone nas suas listas de “recomendados”, fizeram inevitavelmente aumentar a motivação para escrever e, ao mesmo tempo, criaram em mim uma “responsabilidade” de não os “desiludir”.
O aaanumberone cresceu, alargou o seu âmbito (sem esquecer o objectivo inicial!) e, até onde me for possível, em função do tempo disponível (que irá escassear drasticamente de Janeiro a Março, devido a compromissos profissionais), procurarei continuar a escrever sobre os assuntos que me “dizem” mais.
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5000! (I)
O aaanumberone começou no dia 28 de Junho.
Até esse dia, basicamente, não sabia nada sobre “blogues”, sobre páginas na net, sobre links… não tinha uma ideia concreta sobre para que iria servir esta página; apenas sabia que sempre gostei de escrever, tendo sido levado pelo entusiasmo de, com um formato “prêt-à-porter”, poder “divulgar” as coisas “melhores” de Portugal e do Mundo; em concreto, no momento, “tinha que colocar no papel” o fascínio que tinha experimentado com a leitura do livro de Miguel Sousa Tavares (“Equador”) – gostei tanto do livro, que fui logo “a correr” comprar outro para oferecer…
Evidentemente que gosto da sensação de “ser lido”, de que alguém se interessa pelas coisas que também me interessam, de ter “feedback”.
Nunca pensei (apesar do “truque” do nome do “blogue”, que queria principalmente associar a figuras “ímpares”, que se destacassem pela positiva – daí o “Number One” – os primeiros textos referiam-se a Miguel Sousa Tavares e a Carlos Queirós…) num objectivo de visitantes a atingir. No máximo, o que eu pretenderia seria que o aaanumberone não ficasse completamente esquecido no anonimato.
Foram poucas as pessoas a quem, na fase inicial, disse que tinha criado um “blogue” (não mais que “meia-dúzia”); fiquei à espera que ele fosse sendo “descoberto”…
[379]
Até esse dia, basicamente, não sabia nada sobre “blogues”, sobre páginas na net, sobre links… não tinha uma ideia concreta sobre para que iria servir esta página; apenas sabia que sempre gostei de escrever, tendo sido levado pelo entusiasmo de, com um formato “prêt-à-porter”, poder “divulgar” as coisas “melhores” de Portugal e do Mundo; em concreto, no momento, “tinha que colocar no papel” o fascínio que tinha experimentado com a leitura do livro de Miguel Sousa Tavares (“Equador”) – gostei tanto do livro, que fui logo “a correr” comprar outro para oferecer…
Evidentemente que gosto da sensação de “ser lido”, de que alguém se interessa pelas coisas que também me interessam, de ter “feedback”.
Nunca pensei (apesar do “truque” do nome do “blogue”, que queria principalmente associar a figuras “ímpares”, que se destacassem pela positiva – daí o “Number One” – os primeiros textos referiam-se a Miguel Sousa Tavares e a Carlos Queirós…) num objectivo de visitantes a atingir. No máximo, o que eu pretenderia seria que o aaanumberone não ficasse completamente esquecido no anonimato.
Foram poucas as pessoas a quem, na fase inicial, disse que tinha criado um “blogue” (não mais que “meia-dúzia”); fiquei à espera que ele fosse sendo “descoberto”…
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1949 – NOBEL DA MEDICINA
“Atribuído ao professor e investigador Egas Moniz, que em 1927 realiza a primeira angiografia cerebral. Criará também a leucotomia pré-frontal, para tratamento de psicoses.”
[378]
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1949 – CHINA POPULAR
“As forças comunistas, lideradas por Mao Zedong, proclamam em Pequim a República Popular da China. Em consequência, as forças nacionalistas de Chang Kai-Chek instalam-se na ilha Formosa (Taiwan)”.
[377]
[377]
domingo, outubro 12, 2003
IGOR ASTARLOA - CAMPEÃO MUNDIAL DE CICLISMO
... O prometido é devido... Cá está o último campeão mundial do dia (três campeões num só dia, sinal de que o ano se aproxima a passos largos do seu final...), o espanhol Igor Astarloa, vencedor da prova de estrada realizada hoje em Hamilton, no Canadá; a Espanha conseguiu igualmente a medalha de prata, por intermédio de Alejandro Valverde; o 3º lugar foi obtido pelo belga Peter van Petegem.
P. S. Para além dos três campeões individuais referidos ao longo do dia, a equipa feminina de futebol da Alemanha conquistou também hoje, nos EUA, o título de Campeã Mundial, ao vencer na final a Suécia, por 2-1 (no prolongamento, com "golo dourado"); no 3º lugar, classificou-se a equipa dos EUA, vencedora do Canadá por 3-1.
[376]
P. S. Para além dos três campeões individuais referidos ao longo do dia, a equipa feminina de futebol da Alemanha conquistou também hoje, nos EUA, o título de Campeã Mundial, ao vencer na final a Suécia, por 2-1 (no prolongamento, com "golo dourado"); no 3º lugar, classificou-se a equipa dos EUA, vencedora do Canadá por 3-1.
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DIÁRIO - XII – MIGUEL TORGA (VII)
“S. Martinho de Anta, 24 de Dezembro de 1976 – São tantas da noite. Sentado à lareira, com o rádio aberto a transmitir os gorjeios de uma senhora que me parecem um comentário escarninho ao que escrevo, medito na minha vida, cada vez mais perto do fim. O que fiz e não fiz, o peso que tiveram em tudo quanto realizei literariamente, e até humanamente, esta paisagem e as sombras que a habitam, a distância a que fiquei da meta que me propus ou que as circunstâncias me iam propondo, a luta que travei para ser convivente até ao limite da dignidade, e como foram catastróficos certos desfechos afectivos. Poucos quiseram compreender que um poeta nem pode deixar de ser rebelde, nem ceder à tentação de se ver transformado em bandeira. Que o seu destino não é sentir-se identificado. Mas que, embora isolado do semelhante, não está obrigatoriamente separado dele. E que, faça o que fizer, fica sempre fora da expectativa dos outros e da sua própria. Tão desencontrado consigo mesmo, que só se encontra para se perder ainda mais.
…
Bruxelas, 6 de Junho de 1977 – Palavras que vim hoje aqui dizer.
"Minhas Senhoras e Meus Senhores:
A poesia está de festa. Não porque a vemos neste momento celebrada na pessoa de um poeta qualquer, mas porque uma das tonalidades da sua voz foi finalmente ouvida e reconhecida num conclave onde até hoje nenhum Espírito Santo a fizera descer. É o português uma velhíssima e nobre língua latina espalhada pelos cinco continentes. Nela cantaram e cantam grandes vultos inspirados, de Camões a Fernando Pessoa, de Bernardim Ribeiro a Teixeira de Pascoaes. Capaz de dar guarida às mais desabusadas fúrias épicas e às mais discretas confidências líricas, dúctil e colorida em todos os paralelos geográficos que nas suas andanças visitou, poucas a igualam nos fecundos dons proteicos, na sua barroca plasticidade."
…”
[375]
…
Bruxelas, 6 de Junho de 1977 – Palavras que vim hoje aqui dizer.
"Minhas Senhoras e Meus Senhores:
A poesia está de festa. Não porque a vemos neste momento celebrada na pessoa de um poeta qualquer, mas porque uma das tonalidades da sua voz foi finalmente ouvida e reconhecida num conclave onde até hoje nenhum Espírito Santo a fizera descer. É o português uma velhíssima e nobre língua latina espalhada pelos cinco continentes. Nela cantaram e cantam grandes vultos inspirados, de Camões a Fernando Pessoa, de Bernardim Ribeiro a Teixeira de Pascoaes. Capaz de dar guarida às mais desabusadas fúrias épicas e às mais discretas confidências líricas, dúctil e colorida em todos os paralelos geográficos que nas suas andanças visitou, poucas a igualam nos fecundos dons proteicos, na sua barroca plasticidade."
…”
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CURIOSIDADE
Porque hoje é domingo: Para onde vai a água do mar quando a maré baixa?
VALENTINO ROSSI - CAMPEÃO MUNDIAL DE MOTOCICLISMO
... Mas temos outro campeão mundial hoje (e ainda teremos um outro campeão do mundo, de ciclismo, mais ao fim do dia…): o italiano Valentino Rossi conquistou pela quinta vez o Campeonato do Mundo de Motociclismo de velocidade (terceira na categoria máxima), ao vencer a corrida de “MotoGP” do Grande Prémio da Malásia.
O italiano classificou-se à frente do espanhol Sete Gibernau e do também italiano Max Biaggi (todos com motos Honda), também segundo e terceiro classificados no Campeonato do Mundo deste ano.
Para além de bi-campeão mundial (2003 e 2002) em “MotoGP”, Valentino Rossi fora já campeão mundial nas categorias de “500 cc” (em 2001), de “250 cc” (em 1999) e de “125 cc” (em 1997), sendo assim o único piloto de sempre com títulos em todas as categorias.
[374]
O italiano classificou-se à frente do espanhol Sete Gibernau e do também italiano Max Biaggi (todos com motos Honda), também segundo e terceiro classificados no Campeonato do Mundo deste ano.
Para além de bi-campeão mundial (2003 e 2002) em “MotoGP”, Valentino Rossi fora já campeão mundial nas categorias de “500 cc” (em 2001), de “250 cc” (em 1999) e de “125 cc” (em 1997), sendo assim o único piloto de sempre com títulos em todas as categorias.
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REVISTA DA SEMANA
Visão (9 Outubro)
“Paulo Pedroso deverá regressar à bancada socialista na próxima quarta-feira. O regresso do socialista à Assembleia da República estava previsto para esta sexta-feira, mas foi adiado devido a uma indisposição. Entretanto, o juiz relator do acórdão que libertou Pedroso diz que “há cada vez mais prisão preventiva intimidatória”.
Os membros da direcção da Orquestra Metropolitana de Lisboa demitiram-se quinta-feira à noite, deixando o maestro Graça Moura sozinho à frente da instituição, conforme avançou à Agência Lusa um antigo elemento directivo.
Com o PSD reunido em conselho nacional, Durão Barroso propôs que o partido se apresente às eleições europeias de 2006 em coligação com o CDS/PP, actual parceiro governativo.
A leitura do acórdão do caso Moderna, marcada para esta quarta-feira, foi adiada e está agora marcada para dia 7 de Novembro. A decisão pretende dar mais tempo ao colectivo de juízes para concluir o veredicto do extenso processo.”
[373]
“Paulo Pedroso deverá regressar à bancada socialista na próxima quarta-feira. O regresso do socialista à Assembleia da República estava previsto para esta sexta-feira, mas foi adiado devido a uma indisposição. Entretanto, o juiz relator do acórdão que libertou Pedroso diz que “há cada vez mais prisão preventiva intimidatória”.
Os membros da direcção da Orquestra Metropolitana de Lisboa demitiram-se quinta-feira à noite, deixando o maestro Graça Moura sozinho à frente da instituição, conforme avançou à Agência Lusa um antigo elemento directivo.
Com o PSD reunido em conselho nacional, Durão Barroso propôs que o partido se apresente às eleições europeias de 2006 em coligação com o CDS/PP, actual parceiro governativo.
A leitura do acórdão do caso Moderna, marcada para esta quarta-feira, foi adiada e está agora marcada para dia 7 de Novembro. A decisão pretende dar mais tempo ao colectivo de juízes para concluir o veredicto do extenso processo.”
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MICHAEL SCHUMACHER - HEXA-CAMPEÃO DO MUNDO
Ao terminar hoje o Grande Prémio do Japão de Fórmula 1 na 8ª posição, Michael Schumacher garantiu a conquista do seu 6º título de campeão mundial, entrando na "lenda" do desporto, superando o mítico Juan Manuel Fangio (penta-campeão nos anos 50). Já campeão em 1994 e 1995, correndo pela Benetton, Schumacher atinge o quarto título consecutivo ao serviço da Ferrari.
Na prova de hoje, Rubens Barrichello foi o vencedor, seguido por Kimmi Raikonnen e David Coulthard.
Na classificação final do Campeonato do Mundo, a seguir a Michael Schumacher (93 pontos), posicionaram-se Kimmi Raikkonen (2º, com 91 pontos), Juan Pablo Montoya (3º, com 82 pontos), Rubens Barrichello (4º, 65 pontos), Ralf Schumacher (5º, 58 pontos), Fernando Alonso (6º, 55 pontos), David Coulthard (7º, 51 pontos) e Jarno Trulli (8º, com 33 pontos).
Também a Ferrari conquistou mais um título de campeã mundial (158 pontos), superando a Williams (144 pontos), McLaren (142 pontos) e Renault (88 pontos).
[372]
Na prova de hoje, Rubens Barrichello foi o vencedor, seguido por Kimmi Raikonnen e David Coulthard.
Na classificação final do Campeonato do Mundo, a seguir a Michael Schumacher (93 pontos), posicionaram-se Kimmi Raikkonen (2º, com 91 pontos), Juan Pablo Montoya (3º, com 82 pontos), Rubens Barrichello (4º, 65 pontos), Ralf Schumacher (5º, 58 pontos), Fernando Alonso (6º, 55 pontos), David Coulthard (7º, 51 pontos) e Jarno Trulli (8º, com 33 pontos).
Também a Ferrari conquistou mais um título de campeã mundial (158 pontos), superando a Williams (144 pontos), McLaren (142 pontos) e Renault (88 pontos).
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1949 – OTAN E ONU
“Portugal é um dos 12 países fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte. Seis anos depois é admitido, por unanimidade, na ONU.”
[371]
[371]
1949 – NATO
“Criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte, que garante a defesa mútua, perante a URSS e seus satélites, de dez nações da Europa Ocidental, além dos EUA e do Canadá”.
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sábado, outubro 11, 2003
"EURO-2004"
Depois de Portugal, França, R. Checa, Suécia e Bulgária, garantiram hoje o apuramento para a Fase Final do Campeonato da Europa de Futebol a disputar no próximo ano no nosso país, a Alemanha, Dinamarca, Suíça, Grécia, Inglaterra e Itália (países vencedores dos respectivos grupos de qualificação).
Para definição do grupo de 16 selecções finalistas, falta apenas apurar as últimas 5, que resultarão dos play-off (eliminatórias directas) a disputar por Eslovénia, Holanda, Escócia, Letónia, Rússia, Espanha, Noruega, Turquia, P. Gales e Croácia.
As grandes surpresas foram: pela positiva, a Letónia e o P. Gales (apurados para os play-off), assim como a Suíça e a Grécia (vencedoras de grupo); pela negativa, a registar nomeadamente a eliminação da Roménia, Áustria, Polónia, Hungria, Bélgica, Sérvia e Montenegro (ex-Jugoslávia) e Irlanda.
Na fase de qualificação, os países com melhor desempenho foram: França (vitórias em todos os 8 jogos disputados), R. Checa (7 vitórias e um empate), Inglaterra (6 vitórias e 2 empates) e Alemanha (5 vitórias e 3 empates) – únicas selecções sem qualquer derrota.
Pode ver todos os detalhes aqui.
P. S. Mais um "blogue" a visitar, o do programa de televisão d'A Dois, Magazine 2010; do écran do televisor para a internet, para ficar a par das últimas novidades sobre ciência e novas tecnologias.
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Para definição do grupo de 16 selecções finalistas, falta apenas apurar as últimas 5, que resultarão dos play-off (eliminatórias directas) a disputar por Eslovénia, Holanda, Escócia, Letónia, Rússia, Espanha, Noruega, Turquia, P. Gales e Croácia.
As grandes surpresas foram: pela positiva, a Letónia e o P. Gales (apurados para os play-off), assim como a Suíça e a Grécia (vencedoras de grupo); pela negativa, a registar nomeadamente a eliminação da Roménia, Áustria, Polónia, Hungria, Bélgica, Sérvia e Montenegro (ex-Jugoslávia) e Irlanda.
Na fase de qualificação, os países com melhor desempenho foram: França (vitórias em todos os 8 jogos disputados), R. Checa (7 vitórias e um empate), Inglaterra (6 vitórias e 2 empates) e Alemanha (5 vitórias e 3 empates) – únicas selecções sem qualquer derrota.
Pode ver todos os detalhes aqui.
P. S. Mais um "blogue" a visitar, o do programa de televisão d'A Dois, Magazine 2010; do écran do televisor para a internet, para ficar a par das últimas novidades sobre ciência e novas tecnologias.
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DIÁRIO - XII – MIGUEL TORGA (VI)
“Coimbra, 25 de Abril de 1975 – Eleições sérias, finalmente. E foi nestes cinquenta anos de exílio na pátria a maior consolação cívica que tive. Era comovedor ver a convicção, a compostura, o aprumo, a dignidade assumida pela multidão de eleitores a caminhar para as urnas, cada qual compenetrado de ser portador de uma riqueza preciosa e vulnerável: o seu voto, a sua opinião, a sua determinação.
…
S. Martinho de Anta, 28 de Junho de 1976 – Não tenho mão em mim. Trabalho excessivamente, sofro excessivamente, vivo excessivamente. Vou às do cabo em tudo, como se cada minuto fosse decisivo no meu destino. Durmo acordado, ando a galope, morro por antecipação.
…
Albufeira, 1 de Agosto de 1976 – Metade de Portugal atravessado, debaixo de um calor escaldante. Beira Litoral, Estremadura, Ribatejo, Alentejo e Algarve. Um microcosmo a arder em febre natural e social, esta última patenteada nos cartazes profusos, na linguagem desbragada, na freima de comícios, no lixo acumulado, nas terras por amanhar. Não há dúvida: o país não é o mesmo de há três anos. A revolução que o sacudiu, para se dar altura, teve de conferir altura ao que destruiu. A maneira que encontrou de conseguir projectar a sua imagem, foi acelerar o processo subversivo.
…
S. Martinho de Anta, 6 de Setembro de 1976 – O Prémio Internacional de Poesia. Deus me proteja.
Chaves, 8 de Setembro de 1976 – Exausto. Em Portugal, a glória dura um dia, quando muito. Mas chega e sobra.
[368]
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S. Martinho de Anta, 28 de Junho de 1976 – Não tenho mão em mim. Trabalho excessivamente, sofro excessivamente, vivo excessivamente. Vou às do cabo em tudo, como se cada minuto fosse decisivo no meu destino. Durmo acordado, ando a galope, morro por antecipação.
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Albufeira, 1 de Agosto de 1976 – Metade de Portugal atravessado, debaixo de um calor escaldante. Beira Litoral, Estremadura, Ribatejo, Alentejo e Algarve. Um microcosmo a arder em febre natural e social, esta última patenteada nos cartazes profusos, na linguagem desbragada, na freima de comícios, no lixo acumulado, nas terras por amanhar. Não há dúvida: o país não é o mesmo de há três anos. A revolução que o sacudiu, para se dar altura, teve de conferir altura ao que destruiu. A maneira que encontrou de conseguir projectar a sua imagem, foi acelerar o processo subversivo.
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S. Martinho de Anta, 6 de Setembro de 1976 – O Prémio Internacional de Poesia. Deus me proteja.
Chaves, 8 de Setembro de 1976 – Exausto. Em Portugal, a glória dura um dia, quando muito. Mas chega e sobra.
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1948 – DIREITOS DO HOMEM
“A Assembleia Geral da ONU aprova, por unanimidade, a Declaração Universal dos Direitos do Homem”.
[367]
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1948 – ISRAEL
“Proclamação do Estado judaico na Palestina. Os vizinhos árabes recusam-se a aceitar a situação imposta, originando consecutivas guerras israelo-árabes”.
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sexta-feira, outubro 10, 2003
DIÁRIO - XII – MIGUEL TORGA (V)
“Coimbra, 12 de Maio de 1974 – Um Domingo triste a ler papéis velhos, a ver se arranjava coragem para os rasgar. A ganga que um poeta deixa pelo caminho! Por cada expressão feliz, quanta ingenuidade, quanta burrice, quanta gaguez! A obra publicada também tem disso tudo, mas é beneficiada pela luz das montras. Adquire não sei que estatuto só pelo facto de se mostrar.
…
Coimbra, 19 de Julho de 1974 – Tem sido de caixão à cova. Pobre país! E o que estará ainda para vir! Mas não posso, nem quero, perder o pé na pátria. Terei de enfrentar o absurdo desta hora infeliz mesmo com ganas de voltar costas a tanto e tanto desconcerto. O pacto que assinei não foi com o azar das circunstâncias. Foi com a terra portuguesa e a língua portuguesa. E continuo a sentir a terra firme debaixo dos pés, e a poesia continua a cantar dentro de mim. O meu espaço de liberdade é o mapa de Portugal subentendido na folha de papel onde escrevo.
…
Coimbra, 27 de Julho de 1974 – Vamos finalmente dar independência aos povos colonizados. Uma independência que sem dúvida lhes irá custar cara, mas não há nenhuma que seja barata. Depois desse acto necessário e imperioso, Portugal ficará reduzido à tal nesga de terra debruada de mar. É a História que o exige, e oxalá que o destino também. Oxalá que ele, depois de tantos séculos de dispersão e perdição, nos queira reduzidos ao núcleo matricial para que, assim recuperados, possamos iniciar nova aventura. Nómadas no mundo, teremos de ser agora sedentários conviventes nesta Europa onde sempre coubemos mal e nunca nos soubemos realizar. Partir era a nossa carta de alforria. Hoje os caminhos não serão já os da demanda de espaços abertos a uma afirmação tolhida no berço, mas os de um achamento interior protelado séculos a fio.”
[365]
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Coimbra, 19 de Julho de 1974 – Tem sido de caixão à cova. Pobre país! E o que estará ainda para vir! Mas não posso, nem quero, perder o pé na pátria. Terei de enfrentar o absurdo desta hora infeliz mesmo com ganas de voltar costas a tanto e tanto desconcerto. O pacto que assinei não foi com o azar das circunstâncias. Foi com a terra portuguesa e a língua portuguesa. E continuo a sentir a terra firme debaixo dos pés, e a poesia continua a cantar dentro de mim. O meu espaço de liberdade é o mapa de Portugal subentendido na folha de papel onde escrevo.
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Coimbra, 27 de Julho de 1974 – Vamos finalmente dar independência aos povos colonizados. Uma independência que sem dúvida lhes irá custar cara, mas não há nenhuma que seja barata. Depois desse acto necessário e imperioso, Portugal ficará reduzido à tal nesga de terra debruada de mar. É a História que o exige, e oxalá que o destino também. Oxalá que ele, depois de tantos séculos de dispersão e perdição, nos queira reduzidos ao núcleo matricial para que, assim recuperados, possamos iniciar nova aventura. Nómadas no mundo, teremos de ser agora sedentários conviventes nesta Europa onde sempre coubemos mal e nunca nos soubemos realizar. Partir era a nossa carta de alforria. Hoje os caminhos não serão já os da demanda de espaços abertos a uma afirmação tolhida no berço, mas os de um achamento interior protelado séculos a fio.”
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“ADEUS, LENINE”
O retrato da RDA “ideal”. Um filme “histórico”; em Outubro de 1989, nas vésperas da comemoração dos 40 anos da República Democrática Alemã (a outrora famosa “DDR”), Mikhail Gorbatchov visita Berlim Leste, onde se encontra com o “camarada” Erich Honecker.
Passados alguns meses, recuperada de uma situação de coma, o filho oculta à mãe as radicais alterações entretanto ocorridas no país, “inventando” para ela um país ideal em lugar da mera “restituição” do país em que vivera.
A obsessão do filho transforma-o num coleccionador das memórias dos produtos e marcas desaparecidos com a queda do "Muro de Berlim" e do sistema totalitário que estava na sua base (desde os famosos Trabant, passando pelo café “Rondo”, até às conservas “Spreewald”).
O filme vem reavivar a nostalgia do leste (“Ostalgie”), cada vez mais objecto de análise por sociólogos, escritores e jornalistas, reconstruindo as memórias que foram como que “apagadas” na sequência da reunificação da Alemanha, em que houve uma procura de imitação de todos os aspectos da forma de vida “ocidental”.
A RDA, uma “ficção” criada pela ex-URSS na sequência da II Guerra Mundial, o “paraíso dos operários e camponeses” (os alemães de leste beneficiavam mesmo dos melhores padrões de qualidade de vida de entre os países do bloco comunista), uma “fábrica de campeões” (o desporto visto como um poderoso instrumento de propaganda) – mas também a “materialização” da visão negativa do “Big Brother” de George Orwell – ruiu como um “castelo de cartas” com a queda do "Muro de Berlim".
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Passados alguns meses, recuperada de uma situação de coma, o filho oculta à mãe as radicais alterações entretanto ocorridas no país, “inventando” para ela um país ideal em lugar da mera “restituição” do país em que vivera.
A obsessão do filho transforma-o num coleccionador das memórias dos produtos e marcas desaparecidos com a queda do "Muro de Berlim" e do sistema totalitário que estava na sua base (desde os famosos Trabant, passando pelo café “Rondo”, até às conservas “Spreewald”).
O filme vem reavivar a nostalgia do leste (“Ostalgie”), cada vez mais objecto de análise por sociólogos, escritores e jornalistas, reconstruindo as memórias que foram como que “apagadas” na sequência da reunificação da Alemanha, em que houve uma procura de imitação de todos os aspectos da forma de vida “ocidental”.
A RDA, uma “ficção” criada pela ex-URSS na sequência da II Guerra Mundial, o “paraíso dos operários e camponeses” (os alemães de leste beneficiavam mesmo dos melhores padrões de qualidade de vida de entre os países do bloco comunista), uma “fábrica de campeões” (o desporto visto como um poderoso instrumento de propaganda) – mas também a “materialização” da visão negativa do “Big Brother” de George Orwell – ruiu como um “castelo de cartas” com a queda do "Muro de Berlim".
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PRÉMIO NOBEL DA PAZ
O Prémio Nobel da Paz 2003 foi hoje atribuído a Shirin Ebadi, uma iraniana que se destacou como sendo a primeira mulher a chegar à posição de juiz no seu país e pela defesa dos direitos humanos, e das mulheres e crianças em particular.
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FIJI, SAMOA, TONGA…
…São nomes de três “exóticos” países do Pacífico Sul que disputarão a partir de hoje o Campeonato Mundial de Râguebi, a realizar na Austrália.
Que conta com os “favoritos” do costume: para além da própria Austrália e N. Zelândia, também a África do Sul, e, do hemisfério Norte, apenas a França e Inglaterra – países finalistas dos anteriores torneios.
Na história da competição, a N. Zelândia foi o primeiro campeão mundial (em 1987), ao vencer na final a França. Em 1991, a Austrália saiu vitoriosa face à Inglaterra. Quatro anos depois, seria a África do Sul a sagrar-se campeã do mundo, tendo a N. Zelândia obtido o 2º lugar. Finalmente, em 1999, a Austrália tornou-se no primeiro país a “bisar” o título, desta vez frente à França (também vice-campeã pela segunda vez).
P. S. Algumas notas breves sobre outros "blogues": primeiro, uma chamada de atenção para a original apresentação da lista de "blogues" recomendados do Incongruências; a seguir, uma referência a um "blogue" a visitar, Grande loja do queijo limiano; por fim, o dirigente mais importante do planeta tem também já o seu "blogue oficial".
[362]
Que conta com os “favoritos” do costume: para além da própria Austrália e N. Zelândia, também a África do Sul, e, do hemisfério Norte, apenas a França e Inglaterra – países finalistas dos anteriores torneios.
Na história da competição, a N. Zelândia foi o primeiro campeão mundial (em 1987), ao vencer na final a França. Em 1991, a Austrália saiu vitoriosa face à Inglaterra. Quatro anos depois, seria a África do Sul a sagrar-se campeã do mundo, tendo a N. Zelândia obtido o 2º lugar. Finalmente, em 1999, a Austrália tornou-se no primeiro país a “bisar” o título, desta vez frente à França (também vice-campeã pela segunda vez).
P. S. Algumas notas breves sobre outros "blogues": primeiro, uma chamada de atenção para a original apresentação da lista de "blogues" recomendados do Incongruências; a seguir, uma referência a um "blogue" a visitar, Grande loja do queijo limiano; por fim, o dirigente mais importante do planeta tem também já o seu "blogue oficial".
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1947 – ÍNDIA E PAQUISTÃO
“Até então sob domínio britânico, a Índia é dividida, a 15 de Agosto, em dois Estados: a União Indiana (população maioritariamente hindu) e o Paquistão (muçulmano). A tensão entre os dois irmãos-inimigos gerará três guerras em meio século e uma corrida regional ao armamento nuclear.”
“Notícias do Milénio”, publicação dos jornais do “Grupo Lusomundo”, Julho de 1999
[361]
“Notícias do Milénio”, publicação dos jornais do “Grupo Lusomundo”, Julho de 1999
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quinta-feira, outubro 09, 2003
DIÁRIO - XII – MIGUEL TORGA (IV)
“Coimbra – 25 de Abril de 1974 – Golpe militar. Assim eu acreditasse nos militares. Foram eles que, durante os últimos macerados cinquenta anos pátrios, nos prenderam, nos censuraram, nos apreenderam e asseguraram com as baionetas o poder à tirania. Quem poderá esquecê-lo? Mas pronto: de qualquer maneira, é um passo. Oxalá não seja duradoiramente de parada…
Coimbra, 27 de Abril de 1974 – Ocupação das instalações da Pide. Enquanto, juntamente com outros veteranos da oposição ao fascismo, presenciava a fúria de alguns exaltados que reclamavam a chacina dos agentes, acossados lá dentro, e lhes destruíam as viaturas, ia pensando no facto curioso de as vinganças raras vezes serem exercidas pelas efectivas vítimas da repressão. Há nelas um pudor que as não deixa macular o sofrimento. São os outros, os que não sofreram, que se excedem, como se estivessem de má consciência e quisessem alardear um desespero que jamais sentiram.
Coimbra, 1 de Maio de 1974 – Colossal cortejo pelas ruas da cidade. Uma explosão gregária de alegria indutiva a desfilar diante das forças da repressão remetidas aos quartéis.
…
Segui o caudal humano, calado, a ouvir vivas e morras, travado por não sei que incerteza, sem poder vibrar com o entusiasmo que me rodeava, na recôndita e vã esperança de ser contagiado. Há horas que são de todos. Porque não havia aquela de ser também minha? Mas não. Dentro de mim ressoava apenas uma pergunta: em que oceano de bom senso iria desaguar aquele delírio? Que oculta e avisada abnegação estaria pronta para guiar no caminho da história a cegueira daquela confiança?
A velhice é isto: ou se chora sem motivo, ou os olhos ficam secos de lucidez.”
[360]
Coimbra, 27 de Abril de 1974 – Ocupação das instalações da Pide. Enquanto, juntamente com outros veteranos da oposição ao fascismo, presenciava a fúria de alguns exaltados que reclamavam a chacina dos agentes, acossados lá dentro, e lhes destruíam as viaturas, ia pensando no facto curioso de as vinganças raras vezes serem exercidas pelas efectivas vítimas da repressão. Há nelas um pudor que as não deixa macular o sofrimento. São os outros, os que não sofreram, que se excedem, como se estivessem de má consciência e quisessem alardear um desespero que jamais sentiram.
Coimbra, 1 de Maio de 1974 – Colossal cortejo pelas ruas da cidade. Uma explosão gregária de alegria indutiva a desfilar diante das forças da repressão remetidas aos quartéis.
…
Segui o caudal humano, calado, a ouvir vivas e morras, travado por não sei que incerteza, sem poder vibrar com o entusiasmo que me rodeava, na recôndita e vã esperança de ser contagiado. Há horas que são de todos. Porque não havia aquela de ser também minha? Mas não. Dentro de mim ressoava apenas uma pergunta: em que oceano de bom senso iria desaguar aquele delírio? Que oculta e avisada abnegação estaria pronta para guiar no caminho da história a cegueira daquela confiança?
A velhice é isto: ou se chora sem motivo, ou os olhos ficam secos de lucidez.”
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E AGORA? (II)
Algumas provas testemunhais de menores que contribuíram para a decisão da prisão preventiva de Paulo Pedroso são consideradas pelo Acórdão do Tribunal da Relação, como: “frágeis, irrelevantes e inverosímeis”!!!
Depois da mensagem "cifrada" da Provedora da Casa Pia, Catalina Pestana, (pré)-avisando para o que "aí virá" (mais personalidades "famosas" envolvidas?), é a credibilidade das investigações e das provas testemunhais que é assim (seriamente) colocada em causa.
Em que é que ficamos?
Estes factos "novos" não deixam de constituír uma fortíssima pressão para que a justiça aja com a máxima celeridade; não é sustentável continuar a prolongar por muito mais tempo esta situação de indefinição, em que se vai começar a duvidar de tudo...
[359]
Depois da mensagem "cifrada" da Provedora da Casa Pia, Catalina Pestana, (pré)-avisando para o que "aí virá" (mais personalidades "famosas" envolvidas?), é a credibilidade das investigações e das provas testemunhais que é assim (seriamente) colocada em causa.
Em que é que ficamos?
Estes factos "novos" não deixam de constituír uma fortíssima pressão para que a justiça aja com a máxima celeridade; não é sustentável continuar a prolongar por muito mais tempo esta situação de indefinição, em que se vai começar a duvidar de tudo...
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“NE ME QUITTE PAS”
Jacques Brel, uma das maiores figuras da história cultural belga (país que homenageou em “Le plat pays”), mas, mais que isso, um nome incontornável da música francófona, o homem que se entregava por completo nas suas actuações ao vivo, que viveu depressa e de forma inquieta, deixou-nos há 25 anos, ainda antes de completar o seu meio centenário.
Ao longo de cerca de 20 anos de carreira, editou sucessivamente os seguintes álbuns, agora em edição completa em CD – memórias que o tempo não apaga: Grand Jacques (1954); Quand On N'a Que L’Amour (1957); Au Printemps (1958); La Valse à Mille Temps (1959) – incluindo Ne Me Quitte Pas; Marieke (1960); Enregistrement Public (1962); Le Bourgeois (1962); Les Bonbons (1963); Olympia 64 (1964); Ces Gens Là (1966); Brel 67 (1967); J’Arrive (1968); L’Homme de La Mancha (1968); Ne Me Quitte Pas (1972); Brel (1977).
O Terras do Nunca vem recordando nos últimos dias as suas mais belas letras, pelo que para lá direcciono os leitores. De qualquer forma, é impossível não recordar as palavras escritas em 1959:
“Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le cœur du bonheur
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
…”
[358]
Ao longo de cerca de 20 anos de carreira, editou sucessivamente os seguintes álbuns, agora em edição completa em CD – memórias que o tempo não apaga: Grand Jacques (1954); Quand On N'a Que L’Amour (1957); Au Printemps (1958); La Valse à Mille Temps (1959) – incluindo Ne Me Quitte Pas; Marieke (1960); Enregistrement Public (1962); Le Bourgeois (1962); Les Bonbons (1963); Olympia 64 (1964); Ces Gens Là (1966); Brel 67 (1967); J’Arrive (1968); L’Homme de La Mancha (1968); Ne Me Quitte Pas (1972); Brel (1977).
O Terras do Nunca vem recordando nos últimos dias as suas mais belas letras, pelo que para lá direcciono os leitores. De qualquer forma, é impossível não recordar as palavras escritas em 1959:
“Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le cœur du bonheur
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
…”
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1947 – DOUTRINA TRUMAN
"O presidente americano Harry Truman anuncia um plano de auxílio aos países ameaçados pelo comunismo. O mundo fica dividido em dois blocos de influência."
[357]
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1947 – PLANO MARSHALL
“Concebido pelo secretário de Estado americano George Marshall, constitui um programa de ajuda económica maciça a vários países europeus afectados pela II Guerra Mundial. O programa foi aplicado até 1952.”
[356]
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quarta-feira, outubro 08, 2003
E AGORA?
Como diz o Bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, "o sistema (judicial) está a funcionar".
Paulo Pedroso viu a medida de coacção que lhe era aplicável passar do grau máximo de privação de liberdade (4 meses e meio de prisão preventiva, a qual havia sido confirmada pelo juiz Rui Teixeira há pouco mais de 1 mês), para a de nível mais baixo ("fixação de termo de identidade e residência").
Ao ouvir as declarações de Paulo Pedroso, retenho: "Esta era uma prisão ilegal e injusta..."; "... a certeza da minha inocência..."; "A pedofilia é um crime horrendo!".
Conforme escrevia Pacheco Pereira, a (quebra da) "palavra de honra" será de facto o último estágio da "perda de dignidade" de um ser humano?
A ser assim, crendo nas palavras de Paulo Pedroso - ou estarei a ser naif? -, poderemos estar perante um grosseiro erro judicial de proporções tremendas (?).
E como ficará a credibilidade da justiça se, de facto, algum (ou alguns) dos indiciados deste processo da "Casa Pia" não for provado culpado?
P. S. Mais um agradecimento, ao Analiticamente incorrecto.
[355]
Paulo Pedroso viu a medida de coacção que lhe era aplicável passar do grau máximo de privação de liberdade (4 meses e meio de prisão preventiva, a qual havia sido confirmada pelo juiz Rui Teixeira há pouco mais de 1 mês), para a de nível mais baixo ("fixação de termo de identidade e residência").
Ao ouvir as declarações de Paulo Pedroso, retenho: "Esta era uma prisão ilegal e injusta..."; "... a certeza da minha inocência..."; "A pedofilia é um crime horrendo!".
Conforme escrevia Pacheco Pereira, a (quebra da) "palavra de honra" será de facto o último estágio da "perda de dignidade" de um ser humano?
A ser assim, crendo nas palavras de Paulo Pedroso - ou estarei a ser naif? -, poderemos estar perante um grosseiro erro judicial de proporções tremendas (?).
E como ficará a credibilidade da justiça se, de facto, algum (ou alguns) dos indiciados deste processo da "Casa Pia" não for provado culpado?
P. S. Mais um agradecimento, ao Analiticamente incorrecto.
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“CONSTITUIÇÃO EUROPEIA” (IV)
Por outro lado, o referendo constituiria uma oportunidade única para a divulgação e esclarecimento público do que está em causa, constituindo-se, paralelamente, numa forma de reforço e legitimação das futuras etapas da construção europeia.
Mas essa é uma responsabilidade que é colocada num patamar muito elevado, que a tradição – com base na (curta) experiência de referendos anteriores – não permite assegurar que possa ser cabalmente cumprida. Tal teria implícito um grande empenhamento de todos os responsáveis, do Governo, dos partidos da oposição, dos parceiros sociais, para garantir a credibilização do debate e uma decisão consciente, tomada tendo por base a posse de todas as informações relevantes pertinentes.
Em minha opinião – advogando, por princípio, e em abstracto, a sua realização – a fazer-se um referendo (com os elevados custos inerentes) apenas porque é “politicamente correcto” (para não contribuir para o aumento do “défice democrático”), não se aproveitando a oportunidade para um debate sério, objectivo, completo e esclarecedor, seria preferível que a “Constituição Europeia” fosse ratificada (como foram até agora, todos os passos da integração europeia, desde logo a adesão à CEE e, posteriormente, o Tratado de Maastricht) pelos representantes eleitos da população, na Assembleia da República.
A questão decisiva será portanto: Há vontade (empenho) de todos os intervenientes para fazer um referendo (a) “sério”?
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Mas essa é uma responsabilidade que é colocada num patamar muito elevado, que a tradição – com base na (curta) experiência de referendos anteriores – não permite assegurar que possa ser cabalmente cumprida. Tal teria implícito um grande empenhamento de todos os responsáveis, do Governo, dos partidos da oposição, dos parceiros sociais, para garantir a credibilização do debate e uma decisão consciente, tomada tendo por base a posse de todas as informações relevantes pertinentes.
Em minha opinião – advogando, por princípio, e em abstracto, a sua realização – a fazer-se um referendo (com os elevados custos inerentes) apenas porque é “politicamente correcto” (para não contribuir para o aumento do “défice democrático”), não se aproveitando a oportunidade para um debate sério, objectivo, completo e esclarecedor, seria preferível que a “Constituição Europeia” fosse ratificada (como foram até agora, todos os passos da integração europeia, desde logo a adesão à CEE e, posteriormente, o Tratado de Maastricht) pelos representantes eleitos da população, na Assembleia da República.
A questão decisiva será portanto: Há vontade (empenho) de todos os intervenientes para fazer um referendo (a) “sério”?
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“CONSTITUIÇÃO EUROPEIA” (III)
A problemática do referendo da futura “Constituição Europeia” é uma questão demasiado complexa para ser tratada com base em ideias "simplistas" (não obstante, indiscutíveis), do tipo de “dar voz às populações” ou de o direito de opinião se tratar de uma “garantia democrática básica”.
A complexidade dos assuntos em debate não será facilmente transponível de forma clara, concisa e objectiva, para a generalidade da população.
O risco de “instrumentalização partidária” existe, podendo eventualmente o debate vir a centrar-se em torno de uma ou outra questão mais ou menos acessória da construção europeia e do papel de Portugal nesse projecto ou em “clichés” do tipo “federalista / anti-federalista” / “perda de soberania nacional”, ou outros similares.
Qual o tipo de redacção a dar à questão / questões a ser(em) referendada(s)? "Concorda com a “Constituição Europeia” com “estas” (a definir) características"? "Concorda ou não com a “Constituição Europeia”"? "Concorda com os poderes das instituições da União Europeia"? "Concorda com a (futura) posição de Portugal nos órgãos europeus"? "Concorda com as alterações aos Tratados da União Europeia"?
E se o resultado for “Não”? Obviamente, parece-me que não deverá ser esta a condicionante para a realização ou não do referendo. Se o povo português, em consciência, informado e conhecedor de todas as implicações em jogo, decidisse pelo “Não”, haveria que daí tirar as inerentes consequências – evidentemente, sem que tal implique o “abandono” da União Europeia…
(Continua…).
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A complexidade dos assuntos em debate não será facilmente transponível de forma clara, concisa e objectiva, para a generalidade da população.
O risco de “instrumentalização partidária” existe, podendo eventualmente o debate vir a centrar-se em torno de uma ou outra questão mais ou menos acessória da construção europeia e do papel de Portugal nesse projecto ou em “clichés” do tipo “federalista / anti-federalista” / “perda de soberania nacional”, ou outros similares.
Qual o tipo de redacção a dar à questão / questões a ser(em) referendada(s)? "Concorda com a “Constituição Europeia” com “estas” (a definir) características"? "Concorda ou não com a “Constituição Europeia”"? "Concorda com os poderes das instituições da União Europeia"? "Concorda com a (futura) posição de Portugal nos órgãos europeus"? "Concorda com as alterações aos Tratados da União Europeia"?
E se o resultado for “Não”? Obviamente, parece-me que não deverá ser esta a condicionante para a realização ou não do referendo. Se o povo português, em consciência, informado e conhecedor de todas as implicações em jogo, decidisse pelo “Não”, haveria que daí tirar as inerentes consequências – evidentemente, sem que tal implique o “abandono” da União Europeia…
(Continua…).
[353]
DIÁRIO - XII – MIGUEL TORGA (III)
“Nova Lisboa, 30 de Maio de 1973 – O pé escreve as unidades; o automóvel adita as parcelas; o avião mostra a soma. Das três maneiras me tenho servido para levar desta terra uma imagem condigna. Da terra, repito. A dos homens não requereu tanto esforço. Igual por toda a parte, ao primeiro relance fica entendida. Dois lados de uma medalha: no verso, a fisionomia ávida e leviana do branco, que não conseguiu traduzir cinco séculos de presença numa missão histórica; no reverso, a do negro, humilhado na sua inocência tribal ou degradado na sua destribalização. Os muceques de Luanda são os bairros de lata de Lisboa. Em ambos se processa a mesma dissolução humana.
…
Luanda, 31 de Maio de 1973 – É pena. Falhámos por um triz. Bastava que tudo quanto aqui fizemos fosse por outra intenção. Que cada um dos que vieram mar fora trouxesse a convicção de que ser angolano, moçambicano, guinéu ou timorense eram maneiras heterónimas de ser português. Mas nenhuma escola da pátria lho ensinou a sério, nem algumas exemplaridades paradigmáticas foram suficientes para lho incutir.
A voar para Moçambique, 1 de Junho de 1973 – Tenho de me render à evidência: o homem que voa dimensiona o mundo de outra maneira. Que perspectiva poderia eu levar da imensidão africana, a calcorreá-la a passo de caranguejo? A vida inteira não chegaria para traçar nela meia dúzia de coordenadas. Assim, de um só relance, abranjo a infinita grandeza deste corpo febril e sonolento, ao mesmo tempo despido e inviolado. Corpo onde altas serras e cordilheiras infindáveis são rugas insignificantes, e rios intermináveis e caudalosos parecem veias exangues.”
[352]
…
Luanda, 31 de Maio de 1973 – É pena. Falhámos por um triz. Bastava que tudo quanto aqui fizemos fosse por outra intenção. Que cada um dos que vieram mar fora trouxesse a convicção de que ser angolano, moçambicano, guinéu ou timorense eram maneiras heterónimas de ser português. Mas nenhuma escola da pátria lho ensinou a sério, nem algumas exemplaridades paradigmáticas foram suficientes para lho incutir.
A voar para Moçambique, 1 de Junho de 1973 – Tenho de me render à evidência: o homem que voa dimensiona o mundo de outra maneira. Que perspectiva poderia eu levar da imensidão africana, a calcorreá-la a passo de caranguejo? A vida inteira não chegaria para traçar nela meia dúzia de coordenadas. Assim, de um só relance, abranjo a infinita grandeza deste corpo febril e sonolento, ao mesmo tempo despido e inviolado. Corpo onde altas serras e cordilheiras infindáveis são rugas insignificantes, e rios intermináveis e caudalosos parecem veias exangues.”
[352]
1946 – COMPUTADOR
“Aparece o primeiro computador digital electrónico, o ENIAC (“Electronic Numerical Integrator and Calculator”), concebido na Universidade de Pensilvânia (EUA) por John Eckert e John William Mauchly.”
[351]
[351]
terça-feira, outubro 07, 2003
“CONSTITUIÇÃO EUROPEIA” (II)
Assim, no projecto de “Constituição Europeia”, agora em apreciação na Conferência Intergovernamental, são propostas as seguintes “inovações”:
Presidente – A criação do cargo de “Presidente do Conselho da União”, a eleger pelos Chefes de Estado e de Governo por períodos de 2 anos e meio, visa proporcionar uma face visível em reuniões internacionais; o grande dinamizador da futura Constituição Europeia, Valéry Giscard d’Estaing indicia manter aspirações ao cargo.
Comissão – Com o acréscimo do número de países-membros, parece ser impraticável assegurar a representação simultânea, de forma efectiva de todos eles neste órgão. Os chamados países “grandes” (Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha) defendem a redução do número de comissários; a Comissão passaria a operar em dois patamares: 13 comissários com direito de voto e até 15 sem direito de voto. O sistema de escolha dos comissários nacionais seria rotativo, de que resultaria que cada país teria um comissário com direito a voto a cada dez anos. Propõe-se ainda que o Presidente da Comissão seja eleito pelo Parlamento Europeu.
Parlamento – Prevê-se o alargamento de poderes do Parlamento Europeu, tendo direito de se pronunciar sobre mais questões. Os deputados a eleger por cada país deverão ser em número proporcional à respectiva população. A questão da ponderação de votos estará também em discussão na Conferência Intergovernamental, com a Espanha e a Polónia procurando manter os (27) lugares que o Tratado de Nice lhes conferira.
Direito de veto – Com o aumento do número de países-membros, este “direito histórico” arrisca-se a contribuir (negativamente) para a paralisia do processo de tomada de decisão. A regra deverá passar a ser a da maioria qualificada, restringindo-se a necessidade de decisão unânime no que respeita a assuntos externos, segurança social questões fiscais.
Ministro dos "Estrangeiros" – Prevista a criação desta figura, com poderes alargados ao nível das Relações Externas da União.
Cristianismo – No seu preâmbulo, o projecto de constituição faz referência às origens da civilização europeia, nomeadamente aos seus valores fundados no humanismo. Portugal, Itália, Espanha, Irlanda e Polónia defendem uma menção expressa à tradição cristã da União Europeia. A França, receando que outras religiões venham também a exigir uma menção similar, opõe-se a tal referência.
[350]
Presidente – A criação do cargo de “Presidente do Conselho da União”, a eleger pelos Chefes de Estado e de Governo por períodos de 2 anos e meio, visa proporcionar uma face visível em reuniões internacionais; o grande dinamizador da futura Constituição Europeia, Valéry Giscard d’Estaing indicia manter aspirações ao cargo.
Comissão – Com o acréscimo do número de países-membros, parece ser impraticável assegurar a representação simultânea, de forma efectiva de todos eles neste órgão. Os chamados países “grandes” (Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha) defendem a redução do número de comissários; a Comissão passaria a operar em dois patamares: 13 comissários com direito de voto e até 15 sem direito de voto. O sistema de escolha dos comissários nacionais seria rotativo, de que resultaria que cada país teria um comissário com direito a voto a cada dez anos. Propõe-se ainda que o Presidente da Comissão seja eleito pelo Parlamento Europeu.
Parlamento – Prevê-se o alargamento de poderes do Parlamento Europeu, tendo direito de se pronunciar sobre mais questões. Os deputados a eleger por cada país deverão ser em número proporcional à respectiva população. A questão da ponderação de votos estará também em discussão na Conferência Intergovernamental, com a Espanha e a Polónia procurando manter os (27) lugares que o Tratado de Nice lhes conferira.
Direito de veto – Com o aumento do número de países-membros, este “direito histórico” arrisca-se a contribuir (negativamente) para a paralisia do processo de tomada de decisão. A regra deverá passar a ser a da maioria qualificada, restringindo-se a necessidade de decisão unânime no que respeita a assuntos externos, segurança social questões fiscais.
Ministro dos "Estrangeiros" – Prevista a criação desta figura, com poderes alargados ao nível das Relações Externas da União.
Cristianismo – No seu preâmbulo, o projecto de constituição faz referência às origens da civilização europeia, nomeadamente aos seus valores fundados no humanismo. Portugal, Itália, Espanha, Irlanda e Polónia defendem uma menção expressa à tradição cristã da União Europeia. A França, receando que outras religiões venham também a exigir uma menção similar, opõe-se a tal referência.
[350]
DIÁRIO - XII – MIGUEL TORGA (II)
“… Em mangas de camisa, fui há pouco visitar a cidade. E o largo passeio pela urbe apressada, enfática, leviana, apertada num cinturão de muceques, agoirento anel de Saturno, não me desanuviou a alma. Pelo contrário. Quando regressei a casa, trazia duas metrópoles nos olhos doridos: uma, arrogante, retórica, de papelão, a negar o preto; outra, calada, tentacular, eczematosa, a negar o branco. Uma que parece um delírio febril de sitiados; outra um acampamento sorna de sitiantes.
Luanda, 20 de Maio de 1973 – A alma do negro será realmente um enigma, como me garantiu hoje um padre comilão num almoço de baptizado, ou será romba a compreensão do branco?
…
Santo António do Zaire, 22 de Maio de 1973 – Petróleo! Escrevo a palavra, creio que pela primeira vez, e quase que me admiro de a não ver alastrar no papel numa grande nódoa negra e gordurosa. Há conotações assim.
…
Sei que, onde ele aflora, nasce o oiro. Mas nem assim o amo. Ao ver do céu, há pouco, o primeiro poço a arder, perguntei a mim mesmo dentro do avião, apesar de o saber alimentado a gasolina, se aquela chama seria um lume de esperança ou um sinal de maldição.
…
Santo António do Zaire, 23 de Maio de 1973 – A obstinação de visitar o sítio que o meu comprovinciano Diogo Cão pisou pela primeira vez ia-me custando a vida. A raiva do Zaire parecia querer vingar-se em mim da violação de quinhentos.
…
O vento soprou, as ondas ergueram-se, a alma fluvial bramiu, e daí a nada a casca de noz em que eu navegava, a dançar na crista da fúria, transformou-se na morada do próprio terror. Milhas e milhas assim, em que o precário motor do caíque era o único deus a que a fé se apegava. Mas, felizmente, tudo acabou em bem, apenas no desconforto de uma molha da cabeça aos pés e na emoção gatafunhada de um poema.”
P. S. Mais agradecimentos: ao Matamouros, aDeus, Santacita (um "blogue quase conterrâneo"), novamente ao Drops da Fal e à Cláudia Bia / 100sal, pela atenção e simpático comentário.
[349]
Luanda, 20 de Maio de 1973 – A alma do negro será realmente um enigma, como me garantiu hoje um padre comilão num almoço de baptizado, ou será romba a compreensão do branco?
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Santo António do Zaire, 22 de Maio de 1973 – Petróleo! Escrevo a palavra, creio que pela primeira vez, e quase que me admiro de a não ver alastrar no papel numa grande nódoa negra e gordurosa. Há conotações assim.
…
Sei que, onde ele aflora, nasce o oiro. Mas nem assim o amo. Ao ver do céu, há pouco, o primeiro poço a arder, perguntei a mim mesmo dentro do avião, apesar de o saber alimentado a gasolina, se aquela chama seria um lume de esperança ou um sinal de maldição.
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Santo António do Zaire, 23 de Maio de 1973 – A obstinação de visitar o sítio que o meu comprovinciano Diogo Cão pisou pela primeira vez ia-me custando a vida. A raiva do Zaire parecia querer vingar-se em mim da violação de quinhentos.
…
O vento soprou, as ondas ergueram-se, a alma fluvial bramiu, e daí a nada a casca de noz em que eu navegava, a dançar na crista da fúria, transformou-se na morada do próprio terror. Milhas e milhas assim, em que o precário motor do caíque era o único deus a que a fé se apegava. Mas, felizmente, tudo acabou em bem, apenas no desconforto de uma molha da cabeça aos pés e na emoção gatafunhada de um poema.”
P. S. Mais agradecimentos: ao Matamouros, aDeus, Santacita (um "blogue quase conterrâneo"), novamente ao Drops da Fal e à Cláudia Bia / 100sal, pela atenção e simpático comentário.
[349]
1946 – ITÁLIA REPUBLICANA
“Um referendo ao povo italiano para a escolha do regime, monárquico ou republicano, determina a proclamação da república, que é instituída em 18 de Junho”.
[348]
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segunda-feira, outubro 06, 2003
“CONSTITUIÇÃO EUROPEIA” (I)
Decorrendo do próximo (agendado para 1 de Maio de 2004) alargamento da União Europeia a 25 países, revela-se necessária a definição de um novo quadro institucional europeu.
Desde Sábado, em Roma, a Conferência Intergovernamental começou as negociações para a revisão dos tratados e definição do novo tratado constitucional da União.
Se, até agora, os 15 países membros foram percorrendo cada etapa – não obstante haver um pelotão da frente e um outro mais atrasado – em “conjunto” (posicionando-se geralmente Portugal num delicado penúltimo lugar, mas tendo conseguido superar a prova mais difícil, a da integração no Euro), a maior complexidade associada a uma União a 25 implicará provavelmente uma evolução no sentido de permitir a tão falada “Europa a duas (ou mais…) velocidades”, com uns países a “andar” mais rapidamente que outros – no limite, com cada país a poder adoptar o seu próprio ritmo de integração.
A assinatura formal da futura “Constituição Europeia” deverá ocorrer após a adesão dos novos países-membros (1 de Maio de 2004), mas antes das eleições europeias de Junho de 2004; a sua ratificação poderia realizar-se a partir de Outubro, processo que se pode estender pelos anos de 2005 e 2006 – pretendendo vários países proceder a referendo sobre o novo Tratado (incluindo Portugal, assunto a que voltarei proximamente). A entrada em vigor da nova Constituição seria apenas em 2009 (já depois da prevista adesão da Bulgária e Roménia, em 2007).
Na perspectiva da realização de amplos referendos nacionais, os responsáveis de cada país transportam a “espinhosa missão” de conseguir a aprovação de um texto que possa ser aceite pelas respectivas opiniões públicas.
Portugal parte para a conferência, aberto à negociação, mas pretendendo defender até onde for possível o princípio da igualdade entre todos os Estados membros, essencialmente no que respeita à garantia da manutenção de um Comissário por país (“ministro” integrante da Comissão Europeia).
[347]
Desde Sábado, em Roma, a Conferência Intergovernamental começou as negociações para a revisão dos tratados e definição do novo tratado constitucional da União.
Se, até agora, os 15 países membros foram percorrendo cada etapa – não obstante haver um pelotão da frente e um outro mais atrasado – em “conjunto” (posicionando-se geralmente Portugal num delicado penúltimo lugar, mas tendo conseguido superar a prova mais difícil, a da integração no Euro), a maior complexidade associada a uma União a 25 implicará provavelmente uma evolução no sentido de permitir a tão falada “Europa a duas (ou mais…) velocidades”, com uns países a “andar” mais rapidamente que outros – no limite, com cada país a poder adoptar o seu próprio ritmo de integração.
A assinatura formal da futura “Constituição Europeia” deverá ocorrer após a adesão dos novos países-membros (1 de Maio de 2004), mas antes das eleições europeias de Junho de 2004; a sua ratificação poderia realizar-se a partir de Outubro, processo que se pode estender pelos anos de 2005 e 2006 – pretendendo vários países proceder a referendo sobre o novo Tratado (incluindo Portugal, assunto a que voltarei proximamente). A entrada em vigor da nova Constituição seria apenas em 2009 (já depois da prevista adesão da Bulgária e Roménia, em 2007).
Na perspectiva da realização de amplos referendos nacionais, os responsáveis de cada país transportam a “espinhosa missão” de conseguir a aprovação de um texto que possa ser aceite pelas respectivas opiniões públicas.
Portugal parte para a conferência, aberto à negociação, mas pretendendo defender até onde for possível o princípio da igualdade entre todos os Estados membros, essencialmente no que respeita à garantia da manutenção de um Comissário por país (“ministro” integrante da Comissão Europeia).
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NOBEL DA MEDICINA
O Prémio Nobel da Medicina 2003 foi atribuído conjuntamente ao norte-americano Paul Lauterbur e ao britânico Peter Mansfield pelas suas descobertas no campo das imagens obtidas por ressonância magnética.
[346]
[346]
DIÁRIO - XII – MIGUEL TORGA (I)
De Miguel Torga, escreveu José Saramago: “Algumas vezes, nestes últimos tempos, os nossos nomes apareceram juntos, e sempre que tal sucedia não podia evitar o pensamento de que o meu lugar não era ali… Achava que havia em Torga algo que eu gostaria de ter, e não tinha, o direito ganho por uma obra com uma dimensão em todos os sentidos fora do comum (…)”.
Durante esta semana, como "Livro do Mês", apresentarei extractos da obra de Miguel Torga, “Diário – XII”, que me pareceu bastante indicada para apresentação neste suporte dos "blogues", em que a componente "diarística" é tão característica.
“Luanda, 18 de Maio de 1973 – Revolvo-me insofrido na cama escaldante, a registar, ainda atordoado, as primeiras impressões de um cometimento a que eu próprio não consigo encontrar clara motivação.
…
O sentimento obscuro de que não podia ser protelado por mais tempo um encontro há largos anos apetecido e a crepuscular premonição de um adeus eterno talvez não sejam descabidos na crónica desta aventura que de tão longe me trouxe e tantas resistências me obrigou a vencer. Fisiológicas até. Mas venci-as, e aqui estou ao cabo de oito horas de pavor e deslumbramento que tiveram fim numa espécie de baque da alma. Angola!
Não foi certamente a mesma emoção que sentiu um mareante de quinhentos ao pisar estas paragens, mas quase. Dentro de mim ressoavam mil alvoroços, a par de cavos sussurros menos solares. Apenas o avião descolou, uma bisarma que parecia um comboio aéreo, depois de dar voltas na cadeira como os cães na palha do ninho fresco, tentei ler, ouvir música, ver cinema e, finalmente, imitar os restantes passageiros e dormir. Qual o quê!
Não se distrai facilmente o espírito empenhado numa descoberta tão medularmente necessitada, e muito menos o instinto de conservação vigilante.
…
Quando o monstro mecânico, numa leveza de pena, tocou o rectângulo negro que traços de luz balizavam, até me envergonhei do romantismo pretérito do meu terror. Saí então daquele espaço reservado e condicionado, onde nem o medo natural era legítimo, e respirei o ar livre das contingências. Um ar quente, húmido, pesado, pegajoso, que se me colou instantaneamente ao corpo como um grude invisível e me trouxe à pele a lembrança esquecida do Brasil. O bafo escaldante de uma terra onde sei que estou, de que já vi sinais concretos, e que só através desta respiração morna e pastosa me parece real.”
[345]
Durante esta semana, como "Livro do Mês", apresentarei extractos da obra de Miguel Torga, “Diário – XII”, que me pareceu bastante indicada para apresentação neste suporte dos "blogues", em que a componente "diarística" é tão característica.
“Luanda, 18 de Maio de 1973 – Revolvo-me insofrido na cama escaldante, a registar, ainda atordoado, as primeiras impressões de um cometimento a que eu próprio não consigo encontrar clara motivação.
…
O sentimento obscuro de que não podia ser protelado por mais tempo um encontro há largos anos apetecido e a crepuscular premonição de um adeus eterno talvez não sejam descabidos na crónica desta aventura que de tão longe me trouxe e tantas resistências me obrigou a vencer. Fisiológicas até. Mas venci-as, e aqui estou ao cabo de oito horas de pavor e deslumbramento que tiveram fim numa espécie de baque da alma. Angola!
Não foi certamente a mesma emoção que sentiu um mareante de quinhentos ao pisar estas paragens, mas quase. Dentro de mim ressoavam mil alvoroços, a par de cavos sussurros menos solares. Apenas o avião descolou, uma bisarma que parecia um comboio aéreo, depois de dar voltas na cadeira como os cães na palha do ninho fresco, tentei ler, ouvir música, ver cinema e, finalmente, imitar os restantes passageiros e dormir. Qual o quê!
Não se distrai facilmente o espírito empenhado numa descoberta tão medularmente necessitada, e muito menos o instinto de conservação vigilante.
…
Quando o monstro mecânico, numa leveza de pena, tocou o rectângulo negro que traços de luz balizavam, até me envergonhei do romantismo pretérito do meu terror. Saí então daquele espaço reservado e condicionado, onde nem o medo natural era legítimo, e respirei o ar livre das contingências. Um ar quente, húmido, pesado, pegajoso, que se me colou instantaneamente ao corpo como um grude invisível e me trouxe à pele a lembrança esquecida do Brasil. O bafo escaldante de uma terra onde sei que estou, de que já vi sinais concretos, e que só através desta respiração morna e pastosa me parece real.”
[345]
1945 – MUD
“No ambiente de fim de guerra, propício à democracia, opositores ao regime constituem o Movimento de União Democrática e subscrevem listas em que se reclamam eleições livres e o fim da censura à Imprensa”.
[344]
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1945 – NAÇÕES UNIDAS
“Na Conferência de São Francisco, a 26 de Junho, 50 nações assinam a Carta da Organização das Nações Unidas, sucessora da extinta Sociedade das Nações.”
[343]
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domingo, outubro 05, 2003
AGRADECIMENTOS SEM FRONTEIRAS
Quero aproveitar este meio para fazer alguns agradecimentos públicos às pessoas que, mantendo “blogues” noutros países e línguas (Brasil, Espanha/Galicia, França, Suécia, Itália, Canadá) me têm dado palavras de incentivo, quer por via de comentários / mails, quer colocando o aaanumberone na sua lista de links recomendados.
Se mais nada houvesse para justificar a existência deste “blogue”, só pelos comentários da Fábia / Fal (Drops da Fal) já valeria a pena tê-lo criado.
Mas é com grande prazer que agradeço também ao César Valente (Carta Aberta), ao Martin Pawley (Dias estranhos), ao Cristiano Dias (Cris Dias), ao Francis Strand (How to learn Swedish in 1000 difficult lessons), ao Jean-Luc (mediaTic), à Martine (ni vu ni connu) e ao I Love America.
[342]
Se mais nada houvesse para justificar a existência deste “blogue”, só pelos comentários da Fábia / Fal (Drops da Fal) já valeria a pena tê-lo criado.
Mas é com grande prazer que agradeço também ao César Valente (Carta Aberta), ao Martin Pawley (Dias estranhos), ao Cristiano Dias (Cris Dias), ao Francis Strand (How to learn Swedish in 1000 difficult lessons), ao Jean-Luc (mediaTic), à Martine (ni vu ni connu) e ao I Love America.
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REVISTA(s) DA SEMANA
Visão (2 Outubro)
”Mais de meio século depois do nascimento, a Europa comunitária está longe de sucumbir. O processo de integração conserva o dinamismo e prepara-se para enfrentar um novo desafio: a aprovação de um Tratado Constitucional.
Pedro Lynce demite-se mas nega favorecimento - O ministro da Ciência e da Tecnologia anunciou no Parlamento o seu pedido de demissão mas diz estar de consciência tranquila, negando ter favorecido a entrada da filha do seu colega de Governo na Faculdade.
O juiz do processo Casa Pia recusou o pedido do apresentador de televisão Carlos Cruz para ser ouvido sobre todos os factos que lhe são imputados.
O seu nome há muito que aparecia na lista de potenciais vencedores do Nobel da Literatura mas, em 2003, os 18 membros da Academia Sueca decidiram-se: o sul-africano John Maxwell Coetzee é o vencedor do mais prestigiado prémio literário da actualidade.”
Economist (3 Outubro)
A revista deita um olhar sobre as decepções oriundas de Washington: não foram encontradas armas de destruição massiva no Iraque; a ligação Saddam / Al-Qaeda não confirmada inequivocamente. Bush deverá prestar atenção ao que vem acontecendo ao seu principal aliado, Tony Blair, que tem vindo a cair nas sondagens, afectado pelo caso do suicídio de um cientista que referia o alegado exagero das informações que estiveram na base da decisão de despoletar a guerra no Iraque.
Time (6 Outubro)
A capa da Time apresenta como título: "Mission Not Accomplished.”
Sobre as armas de destruição massiva, a espionagem ocidental sugere que o próprio Saddam acreditaria que teria ainda algumas armas, pelo que os oficiais estarão genuinamente surpreendidos pelo facto de nada ter sido encontrado.
Pode ler mais aqui.
[341]
”Mais de meio século depois do nascimento, a Europa comunitária está longe de sucumbir. O processo de integração conserva o dinamismo e prepara-se para enfrentar um novo desafio: a aprovação de um Tratado Constitucional.
Pedro Lynce demite-se mas nega favorecimento - O ministro da Ciência e da Tecnologia anunciou no Parlamento o seu pedido de demissão mas diz estar de consciência tranquila, negando ter favorecido a entrada da filha do seu colega de Governo na Faculdade.
O juiz do processo Casa Pia recusou o pedido do apresentador de televisão Carlos Cruz para ser ouvido sobre todos os factos que lhe são imputados.
O seu nome há muito que aparecia na lista de potenciais vencedores do Nobel da Literatura mas, em 2003, os 18 membros da Academia Sueca decidiram-se: o sul-africano John Maxwell Coetzee é o vencedor do mais prestigiado prémio literário da actualidade.”
Economist (3 Outubro)
A revista deita um olhar sobre as decepções oriundas de Washington: não foram encontradas armas de destruição massiva no Iraque; a ligação Saddam / Al-Qaeda não confirmada inequivocamente. Bush deverá prestar atenção ao que vem acontecendo ao seu principal aliado, Tony Blair, que tem vindo a cair nas sondagens, afectado pelo caso do suicídio de um cientista que referia o alegado exagero das informações que estiveram na base da decisão de despoletar a guerra no Iraque.
Time (6 Outubro)
A capa da Time apresenta como título: "Mission Not Accomplished.”
Sobre as armas de destruição massiva, a espionagem ocidental sugere que o próprio Saddam acreditaria que teria ainda algumas armas, pelo que os oficiais estarão genuinamente surpreendidos pelo facto de nada ter sido encontrado.
Pode ler mais aqui.
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CURIOSIDADE
Porque hoje é domingo: "Como é que se forma o arco-íris?"
1945 – TRIBUNAL DE NUREMBERGA
“Na cidade que costumava acolher os grandes congressos do Partido Nazi, entra em funções, no dia 20 de Novembro, o Tribunal Militar Internacional de Nuremberga. Objectivo: julgar os “crimes contra a paz, os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade” praticados pelos principais dirigentes do III Reich, muitos dos quais são condenados à morte.”
[340]
[340]
sábado, outubro 04, 2003
PORTUGAL – CAMPEÃO DO MUNDO
Num jogo muito difícil e extremamente disputado (0-0 no final do tempo regulamentar), valorizando a vitória obtida, Portugal acaba de conquistar, pela 15ª vez na sua história (em 36 edições) o título de Campeão Mundial de Hóquei em Patins, ao bater na final a Itália (selecção dirigida pelo português Carlos Dantas, treinador do Benfica nos últimos anos) por 1-0 (no prolongamento), reforçando a sua liderança histórica no panorama mundial.
Os nomes de Guilherme Silva, Sérgio Silva, Paulo Almeida, Ricardo Pereira, Pedro Alves, Filipe Santos e Reinaldo Ventura, tal como do seleccionador Vítor Hugo, entram assim para a história da modalidade e do hóquei português, reavivando a tradição de grandes feitos desportivos, ao longo dos últimos 50 anos.
No jogo de atribuição do 3º e 4º lugares, a Espanha venceu a Argentina por 3-1, assegurando assim o último lugar do pódio.
Nos lugares seguintes (do 5º ao 16º), posicionaram-se, respectivamente, Brasil, França, Suíça, Angola, Chile, Moçambique, Holanda, Alemanha, EUA, Andorra, Colômbia e Inglaterra.
O próximo Campeonato Mundial decorrerá em 2005, em S. José (California), nos EUA.
[339]
Os nomes de Guilherme Silva, Sérgio Silva, Paulo Almeida, Ricardo Pereira, Pedro Alves, Filipe Santos e Reinaldo Ventura, tal como do seleccionador Vítor Hugo, entram assim para a história da modalidade e do hóquei português, reavivando a tradição de grandes feitos desportivos, ao longo dos últimos 50 anos.
No jogo de atribuição do 3º e 4º lugares, a Espanha venceu a Argentina por 3-1, assegurando assim o último lugar do pódio.
Nos lugares seguintes (do 5º ao 16º), posicionaram-se, respectivamente, Brasil, França, Suíça, Angola, Chile, Moçambique, Holanda, Alemanha, EUA, Andorra, Colômbia e Inglaterra.
O próximo Campeonato Mundial decorrerá em 2005, em S. José (California), nos EUA.
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ESTRANHO...
...Que as “entradas” nº 307 e 295 (Setembro) sobre a admissão à Universidade não tenham merecido qualquer comentário (!?) dos meus atentos leitores…
... A abstenção generalizada de opinião sobre as notas mínimas de entrada (quando se discutem tantos temas à volta da matéria, desde a questão da fixação dos valores das propinas aos regimes excepcionais de admissão, passando pelo ranking das instituições escolares).
[338]
... A abstenção generalizada de opinião sobre as notas mínimas de entrada (quando se discutem tantos temas à volta da matéria, desde a questão da fixação dos valores das propinas aos regimes excepcionais de admissão, passando pelo ranking das instituições escolares).
[338]
IMPERDÍVEL - ANTOLOGIA DE BANDA DESENHADA
A colecção que o Correio da Manhã começa a editar hoje, uma antologia da Banda Desenhada, em 20 livros, começando com Lucky Luke e continuando, nos próximos domingos, nomeadamente com Corto Maltese, Mafalda, Homem-Aranha, Super-Homem, Tintim, Tarzan, Batman, Moebius, Popeye e Flash Gordon. Para além de cerca de 200 páginas de histórias, cada livro incluirá ainda uma apresentação histórica das personagens, dos desenhadores e dos argumentistas.
[337]
[337]
1945 – BOMBA ATÓMICA
“Os EUA lançam a primeira bomba atómica sobre Hiroxima, a 6 de Agosto, seguindo-se, dois dias depois, uma outra sobre Nagasaki. Morrem centenas de milhares de pessoas em consequência das duas explosões. O Japão rende-se a 14 de Agosto.”
[336]
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HÓQUEI EM PATINS - PORTUGAL FINALISTA MUNDIAL
Após ter sabido conquistar uma preciosa vantagem face à poderosíssima equipa argentina, Portugal conseguiu resistir "estoicamente" à intensa pressão da selecção das pampas nos minutos finais, tendo assegurado, por via de uma vitória por 2-1, mais uma presença na Final do Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins, a disputar com a Itália (vencedora da outra meia-final, frente ao campeão do mundo em título, Espanha).
[335]
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sexta-feira, outubro 03, 2003
O VÍCIO DOS “BLOGUES” (III)
Finalmente, temos a outra faceta (o “reverso da medalha”): o “vício” de ler os outros “blogues”, nomeadamente no sentido da necessidade de conhecimento dos outros e da procura de partilha da pertença a um grupo. Para que o “bloguista” possa sentir-se integrado nesta espécie de “comunidade”, tem absoluta necessidade de saber quais os temas que se “discutem” em cada dia, de forma a que lhe seja possível fazer o intercâmbio de ideias e participar de forma activa nesse debate.
Acaba por se formar (implicitamente) um género de “tertúlia”, a que não queremos faltar; não obstante o anonimato de muitos “blogues”, vamos criando, aqui e ali, “amizades virtuais” com os autores com que mais nos identificamos e que, quase sem darmos por isso, acabamos por sentir a necessidade de visitar a cada dia que passa.
Cada vez mais (e à medida que a lista de “favoritos” se vai “adensando”), o “ovo de Colombo” traduzir-se-ia na “invenção” de uma forma de conciliar o “vício” com o (escasso) tempo disponível (isto para além de todas as outras actividades prioritárias, desde logo as profissionais, mas também o tempo para a família, para os amigos, para ler, para ir ao cinema ou ao futebol, finalmente, até para ver televisão…).
P. S. A propósito do “vício”, leia-se esta “entrada” do Desejo Casar!!!
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Acaba por se formar (implicitamente) um género de “tertúlia”, a que não queremos faltar; não obstante o anonimato de muitos “blogues”, vamos criando, aqui e ali, “amizades virtuais” com os autores com que mais nos identificamos e que, quase sem darmos por isso, acabamos por sentir a necessidade de visitar a cada dia que passa.
Cada vez mais (e à medida que a lista de “favoritos” se vai “adensando”), o “ovo de Colombo” traduzir-se-ia na “invenção” de uma forma de conciliar o “vício” com o (escasso) tempo disponível (isto para além de todas as outras actividades prioritárias, desde logo as profissionais, mas também o tempo para a família, para os amigos, para ler, para ir ao cinema ou ao futebol, finalmente, até para ver televisão…).
P. S. A propósito do “vício”, leia-se esta “entrada” do Desejo Casar!!!
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O VÍCIO DOS “BLOGUES” (II)
O “bloguista” acaba por – mesmo de forma inconsciente – impor-se uma auto-disciplina “férrea” para escrever diariamente; sendo verdade que escreve, em primeira análise, para si próprio, espera, complementarmente, poder criar um “ciclo virtuoso”, ver o nível de “feed-back” (avaliado em função do número de “visitantes”) aumentar a cada dia, constituindo paralelamente uma motivação extra para se “dedicar a novas pesquisas” de outros temas que possam interessar aos seus leitores e trazer novas visitas (em oposição ao “ciclo vicioso” da falta de temas de interesse, quebra do número de visitantes e eventual desmotivação do autor, com o fim do “blogue”).
Ao escrever diariamente sobre os mais variados temas, tal implica um “trabalho de casa” preparatório, passando particularmente pela necessidade de se manter permanentemente informado; não é possível manter um “blogue” sem ler jornais!
Mas, como dizia Pacheco Pereira no Abrupto, trata-se de um “monstro insaciável”, de “combustão imediata” e que pode tornar-se muito desgastante, levando a uma necessidade de “sacudir esta dependência”: não será por acaso que vários dos “bloguistas” mais activos sentiram a necessidade de suspender temporariamente a “actividade” (por exemplo, Pedro Lomba / Flor de Obsessão, mas também Francisco José Viegas / Aviz ou João Nogueira / Socioblogue), ou mudar de rumo “editorial” (Pedro Mexia / Dicionário do Diabo) ou, de forma mais radical, acabar mesmo com o “blogue” (Guerra e Pas, Catarina Campos / 100nada) – não obstante se poder advogar que essas decisões foram bastante determinadas por questões de disponibilidade de tempo.
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Ao escrever diariamente sobre os mais variados temas, tal implica um “trabalho de casa” preparatório, passando particularmente pela necessidade de se manter permanentemente informado; não é possível manter um “blogue” sem ler jornais!
Mas, como dizia Pacheco Pereira no Abrupto, trata-se de um “monstro insaciável”, de “combustão imediata” e que pode tornar-se muito desgastante, levando a uma necessidade de “sacudir esta dependência”: não será por acaso que vários dos “bloguistas” mais activos sentiram a necessidade de suspender temporariamente a “actividade” (por exemplo, Pedro Lomba / Flor de Obsessão, mas também Francisco José Viegas / Aviz ou João Nogueira / Socioblogue), ou mudar de rumo “editorial” (Pedro Mexia / Dicionário do Diabo) ou, de forma mais radical, acabar mesmo com o “blogue” (Guerra e Pas, Catarina Campos / 100nada) – não obstante se poder advogar que essas decisões foram bastante determinadas por questões de disponibilidade de tempo.
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"AVISO À NAVEGAÇÃO"
Recebido por e-mail do Martin Pawley, a propósito da quebra do sistema "Blogalia" ("blogues" espanhóis) durante esta semana; um alerta para a dependência generalizada dos "blogues" portugueses do sistema Blogger (que, como todos os sistemas, não estará absolutamente imune a falhas...):
"O que pasou foi simplesmente que se corrompeu a base de dados que posúe Víctor Ruiz, o creador de Blogalia, e que almacenaba todos os contidos dos blogs. A empresa que alberga o espacio web debería (supostamente) facer copias de seguridade a diario, e unha a maiores cada semana, pero polo que se ve non foi así... Ao final, resultou que a última copia íntegra era de hai unhas semanas, e o resto de historias houbo que recuperalas vía Google, tirándoas da memoria caché. Eses labores leváronlhe varios días, pero ao final conseguiu restablecer a situación. Hai algunhas cousas que se perderon (os comentarios das últimas semanas, case por completo), e no meu caso tiven que volver a retocar un pouco a plantilha do blog porque o formato que estaba gravado é de finais de agosto ou así (se notas que desapareceu algún enlace, débese a iso). Pero, vaia, puido ser peor! Nalgún momento cheguei a baralhar a hipótese de que se perderan moitas das historias, pero por sorte non sucedeu iso."
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"O que pasou foi simplesmente que se corrompeu a base de dados que posúe Víctor Ruiz, o creador de Blogalia, e que almacenaba todos os contidos dos blogs. A empresa que alberga o espacio web debería (supostamente) facer copias de seguridade a diario, e unha a maiores cada semana, pero polo que se ve non foi así... Ao final, resultou que a última copia íntegra era de hai unhas semanas, e o resto de historias houbo que recuperalas vía Google, tirándoas da memoria caché. Eses labores leváronlhe varios días, pero ao final conseguiu restablecer a situación. Hai algunhas cousas que se perderon (os comentarios das últimas semanas, case por completo), e no meu caso tiven que volver a retocar un pouco a plantilha do blog porque o formato que estaba gravado é de finais de agosto ou así (se notas que desapareceu algún enlace, débese a iso). Pero, vaia, puido ser peor! Nalgún momento cheguei a baralhar a hipótese de que se perderan moitas das historias, pero por sorte non sucedeu iso."
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MODERNIDADE NASCEU NA IDADE MÉDIA (V)
“… Há efectivamente incontornáveis referências de personalidades, cujas obras passaram a ser determinantes para o futuro: Santo Agostinho (século V) – na charneira entre a Antiguidade e a Idade Média, prolongando-se na Modernidade –, cuja vasta produção literária tematizou a questão da verdade, da liberdade, da subjectividade e da história; Boécio (século VI), tradutor – do grego para latim – e comentador das obras gregas, a quem se deve a fixação de uma boa parte da terminologia filosófica e teológica latinas; … Santo Anselmo (século XII), bispo de Cantuária, teólogo e filósofo, pré-escolástico, autor do depois designado argumento ontológico, que procura ser um itinerário puramente racional para Deus; Avicena (nascido no Turquestão, século XI) e Averróis (século XII), pensadores árabes cuja obra foi decisiva para o acolhimento e comentário da herança filosófica grega, principalmente a de Aristóteles, e que tentaram conciliar o Alcorão, vindo a tornar-se referência insubstituível, por adesão ou rejeição, da especulação escolástica; … São Tomás de Aquino (século XIII), dominicano, uma das maiores referências, ainda na nossa época, da teologia e filosofia cristãs; … Guilherme de Ockham (século XIV), prefigurador do mundo moderno, passando a ser, posteriormente, referência obrigatória, na política, na filosofia da linguagem e na teologia.”
"Modernidade nasceu na Idade Média" (Joaquim Cerqueira Gonçalves) – "Notícias do Milénio"
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"Modernidade nasceu na Idade Média" (Joaquim Cerqueira Gonçalves) – "Notícias do Milénio"
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1945 – AVANÇO E RENDIÇÃO
“Em Abril, forças da URSS, Inglaterra e EUA avançam em força para a Alemanha. Na Itália, Mussolini tenta fugir para a Suíça, mas é morto a 28 de Abril, com a sua amante Clara Petacci, por guerrilheiros da resistência. Hitler suicida-se dois dias depois, no bunker da Chancelaria, em Berlim, juntamente com Eva Braun, a “eterna noiva” do ditador. Entre 7 e 9 de Maio, as forças do III Reich rendem-se incondicionalmente, primeiro em Reims (França), depois em Berlim. Os Aliados assumem, a 5 de Junho, o controlo total da Alemanha e dividem o país em quatro zonas de ocupação: americana, soviética, britânica e francesa.”
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quinta-feira, outubro 02, 2003
PORTUGAL-BRASIL
Com mais uma vitória (desta vez por 4-1), Portugal prosseguiu hoje a sua caminhada para o que se espera seja a conquista do título mundial de Hóquei em Patins pela 15ª vez (!), tendo garantido o apuramento para as 1/2 finais, em que defrontará a Argentina.
P. S. Estou a começar a perder a paciência para os "popups" que estão sempre a "saltar". Não se pode "exterminá-los"? (a maior parte deles são mesmo de publicidade com o conteúdo "stop popups" - a um preço de saldo de 29,95 dólares...).
[329]
P. S. Estou a começar a perder a paciência para os "popups" que estão sempre a "saltar". Não se pode "exterminá-los"? (a maior parte deles são mesmo de publicidade com o conteúdo "stop popups" - a um preço de saldo de 29,95 dólares...).
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XANANA GUSMÃO
Assinala Paulo Gorjão no Bloguitica Nacional a entrevista exclusiva de Xanana Gusmão à "blogosfera", no Timor Leste (01.10.03 - "entrada" 224).
Diz o Presidente de Timor-Leste, nomeadamente o seguinte:
"First year of independence was not enough to make a proper judgment about national development. Overall I can say that the environment of peace and harmony – except 4 December 2002 incident – allowed us to feel that things improved since 2000 and 2001; the return of more then 200 000 (two hundred thousand) Timorese from Indonesia was a great achievement. Initiatives to settle border issues another positive development. We may still need to focus on developing an action plan for the Nation. We need to respond to the expectations of the people. Nevertheless, we can be proud of our people for their patience, perseverance and humility which enabled us to cross the emergency period to the reconstruction periods without major problems. We should see this trait of our people as a national asset. There are difficulties in reconciliation area but this will be dealt with in the years ahead."
P. S. Mais um agradecimento, ao Quarta Vaga.
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Diz o Presidente de Timor-Leste, nomeadamente o seguinte:
"First year of independence was not enough to make a proper judgment about national development. Overall I can say that the environment of peace and harmony – except 4 December 2002 incident – allowed us to feel that things improved since 2000 and 2001; the return of more then 200 000 (two hundred thousand) Timorese from Indonesia was a great achievement. Initiatives to settle border issues another positive development. We may still need to focus on developing an action plan for the Nation. We need to respond to the expectations of the people. Nevertheless, we can be proud of our people for their patience, perseverance and humility which enabled us to cross the emergency period to the reconstruction periods without major problems. We should see this trait of our people as a national asset. There are difficulties in reconciliation area but this will be dealt with in the years ahead."
P. S. Mais um agradecimento, ao Quarta Vaga.
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O VÍCIO DOS “BLOGUES” (I)
O vício dos “blogues” compreende duas vertentes distintas, mas complementares e (no caso de quem escreve) indissociáveis: por um lado, o impulso (“a necessidade…”?) de actualização, o mais regular e frequente possível, do seu “blogue”; por outro, a leitura (pelo menos diária) de outros “blogues”.
Em relação ao primeiro aspecto: qual a origem desse impulso ou necessidade? o que representa o “blogue” para o seu autor? até que ponto se “confundem os dois”? o “blogue” reflectirá o “ego” do “bloguista”, o seu “outro eu”? (“escondido”, mas que, a pouco e pouco, se vai revelando… – mesmo que o “blogue” aborde todos os temas excepto os que têm mais directamente a ver com o próprio “autor”).
A flexibilidade e facilidade de adaptação da ferramenta constituem a sua grande força, possibilitando que cada um exprima da forma que melhor lhe aprouver as suas emoções e ideias, desvendando a personalidade característica do autor. Ao escrever, o “bloguista” reflecte (sobre) a vida do seu “outro eu”.
Quando o “bloguista” trata de determinado assunto da actualidade, é porque esse assunto lhe é “caro”; ao falar de um determinado tema, está a revelar um pouco da sua “intimidade”; aqui e ali, vão-se libertando informações que vão permitindo “montar as peças do puzzle” e começar a dar forma a um esboço do seu auto-retrato (idade aproximada, tendências ideológicas e/ou clubísticas, envolvente profissional e sócio-geográfica, enfim, integração num determinado “grupo de pertença”…).
Podendo aperceber-se o vício de “blogar” como uma forma evoluída de vício, a verdade é que se trata de um vício “diferente” (contrariamente ao tabaco ou ao álcool, que serão vícios considerados “negativos”), o vício dos “blogues” gera, não só efeitos negativos, mas também efeitos positivos.
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Em relação ao primeiro aspecto: qual a origem desse impulso ou necessidade? o que representa o “blogue” para o seu autor? até que ponto se “confundem os dois”? o “blogue” reflectirá o “ego” do “bloguista”, o seu “outro eu”? (“escondido”, mas que, a pouco e pouco, se vai revelando… – mesmo que o “blogue” aborde todos os temas excepto os que têm mais directamente a ver com o próprio “autor”).
A flexibilidade e facilidade de adaptação da ferramenta constituem a sua grande força, possibilitando que cada um exprima da forma que melhor lhe aprouver as suas emoções e ideias, desvendando a personalidade característica do autor. Ao escrever, o “bloguista” reflecte (sobre) a vida do seu “outro eu”.
Quando o “bloguista” trata de determinado assunto da actualidade, é porque esse assunto lhe é “caro”; ao falar de um determinado tema, está a revelar um pouco da sua “intimidade”; aqui e ali, vão-se libertando informações que vão permitindo “montar as peças do puzzle” e começar a dar forma a um esboço do seu auto-retrato (idade aproximada, tendências ideológicas e/ou clubísticas, envolvente profissional e sócio-geográfica, enfim, integração num determinado “grupo de pertença”…).
Podendo aperceber-se o vício de “blogar” como uma forma evoluída de vício, a verdade é que se trata de um vício “diferente” (contrariamente ao tabaco ou ao álcool, que serão vícios considerados “negativos”), o vício dos “blogues” gera, não só efeitos negativos, mas também efeitos positivos.
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PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA
Acaba de ser atribuído o prémio Nobel da Literatura 2003 ao escritor sul-africano John Maxwell Coetzee, nascido na Cidade do Cabo em 1940, actualmente ligado à Universidade de Adelaide na Austrália.
O seu primeiro romance, publicado em 1974, “Dusklands”, traça um paralelo entre os norte-americanos em combate no Vietname e os primeiros holandeses que se estabeleceram na África do Sul.
O autor, já duplamente premiado com o Booker Prize (com “Life and Times of Michael K”, em 1980, e “Disgrace”, em 1999), cuja obra tem por tema recorrente o antigo sistema de apartheid sul-africano, escreveu ainda os seguintes livros: “In the Heart of the Country” (1977), “Waiting for the Barbarians” (1980), “Foe” (1986), “White Writing” (1988), “Age of Iron” (1990), “Doubling the Point” (1992), “The Master of Petersburg” (1994), “Giving Offense: Essays on Censorship” (1996), “Boyhood : Scenes from Provincial Life” e “What is Realism?” (1997), “The Lives of Animals” (1999), “The Humanities in Africa” e “Stranger Shores: Essays, 1986–1999” (2001), “Youth” (2002) e, por fim, “Elizabeth Costello: Eight Lessons” (2003).
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O seu primeiro romance, publicado em 1974, “Dusklands”, traça um paralelo entre os norte-americanos em combate no Vietname e os primeiros holandeses que se estabeleceram na África do Sul.
O autor, já duplamente premiado com o Booker Prize (com “Life and Times of Michael K”, em 1980, e “Disgrace”, em 1999), cuja obra tem por tema recorrente o antigo sistema de apartheid sul-africano, escreveu ainda os seguintes livros: “In the Heart of the Country” (1977), “Waiting for the Barbarians” (1980), “Foe” (1986), “White Writing” (1988), “Age of Iron” (1990), “Doubling the Point” (1992), “The Master of Petersburg” (1994), “Giving Offense: Essays on Censorship” (1996), “Boyhood : Scenes from Provincial Life” e “What is Realism?” (1997), “The Lives of Animals” (1999), “The Humanities in Africa” e “Stranger Shores: Essays, 1986–1999” (2001), “Youth” (2002) e, por fim, “Elizabeth Costello: Eight Lessons” (2003).
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MODERNIDADE NASCEU NA IDADE MÉDIA (IV)
“A ideia de Europa tende a confundir-se, para a sociedade do nosso tempo, com os valores e os feitos da Modernidade e a ampliar-se, num esforço de enraizamento de fundamentação, à cultura greco-romana, sobrevoando dez séculos pletóricos de história, a Idade Média. Mas esta bem pode considerar-se o epicentro histórico da Europa, logrando, neste caso, um sentido positivo a designação de Idade Média ao indiciar uma posição central. A cultura greco-romana ter-se-ia certamente mumificado, por falta de húmus vital, caso os medievais não a tivessem assumido e metamorfoseado, com a intensidade e amplitude da sua existência e especulação.
Por outro lado, as grandes questões, em termos culturais, do início da Modernidade nada mais são do que prolongamentos dos grandes temas da Medievalidade. Uma cultura perdura e enriquece-se abrindo-se a outras culturas, por acolhimento e irradiação, precisamente o que sucedeu na Idade Média, Seria impossível imaginar a dinâmica passada e presente da Europa, sem os ideais da cidade grega, sem a amplitude do Império Romano, sem a presença dos povos bárbaros, sem a mensagem bíblica, vivida e interpretada por judeus, cristãos e, em larga medida, pelo islamismo."
"Modernidade nasceu na Idade Média" (Joaquim Cerqueira Gonçalves) – "Notícias do Milénio"
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Por outro lado, as grandes questões, em termos culturais, do início da Modernidade nada mais são do que prolongamentos dos grandes temas da Medievalidade. Uma cultura perdura e enriquece-se abrindo-se a outras culturas, por acolhimento e irradiação, precisamente o que sucedeu na Idade Média, Seria impossível imaginar a dinâmica passada e presente da Europa, sem os ideais da cidade grega, sem a amplitude do Império Romano, sem a presença dos povos bárbaros, sem a mensagem bíblica, vivida e interpretada por judeus, cristãos e, em larga medida, pelo islamismo."
"Modernidade nasceu na Idade Média" (Joaquim Cerqueira Gonçalves) – "Notícias do Milénio"
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1945 – CONFERÊNCIA DE IALTA
“Realiza-se entre 4 e 11 de Fevereiro. Roosevelt, Churchill e Estaline, líderes dos “Três Grandes” (EUA, Inglaterra e URSS), chegam a acordo quanto ao futuro da Alemanha e da reorganização europeia.”
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